Um cidadão do estado de Illinois, nos Estados Unidos, foi sentenciado nesta sexta-feira (2) a 53 anos de prisão por um crime de ódio cometido em outubro de 2023, logo após Israel deflagrar seu genocídio na Faixa de Gaza sitiada.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Joseph Czuba matou a facadas Wadee Alfayoumi, menino palestino-americano de seis anos de idade, ao invadir seu apartamento, após, conforme relatos, assistir noticiários de incitação à guerra israelense em Gaza.
A mãe de Wadee, Hanan Shaheen, também foi ferida pelo ataque.
Czuba (73) foi considerado culpado por homicídio doloso, tentativa de homicídio, lesão corporal grave e crime de ódio, confirmou a rede americana NBC News.
A mãe do menino testemunhou que Czuba — locador do apartamento onde moravam — disse às vítimas que “sua gente estaria matando judeus e bebês em Israel [sic] e que muçulmanos não eram bem-vindos em sua casa”.
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A única testemunha de acusação, Mahmoud Yousef, tio-avô de Wadee, destacou que a morte abalou a família: “Não importa a pena, nada vai mudar”.
Czuba se negou a falar durante sua audiência de sentença.
O assassinato ocorreu em 14 de outubro de 2023, em Plainfield, a 64 km de Chicago.
A promotoria reiterou que Czuba atacou a família por conta de sua fé e etnia.
Israel deflagrou seu genocídio em Gaza em 7 de outubro de 2023, após uma operação transfronteiriça do movimento Hamas que capturou colonos e soldados.
Logo após o incidente, no entanto, partes consideráveis da mídia ocidental, bem como o próprio então presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disseminaram uma onda de desinformação e propaganda de guerra a favor de Israel.
Em Gaza, desde então, são mais de 52.400 mortos, sobretudo mulheres e crianças.
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Em novembro de 2024, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos em Gaza.
O Estado de Israel é ainda é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) — corte-irmã do TPI; ambas em Haia —, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.








