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Chamas destroem marco nacional, Sudão chega a seis meses de guerra

18 de setembro de 2023, às 13h52

Incêndio na Torre da Companhia de Petróleo do Grande Nilo em Cartum, capital do Sudão, em 17 de setembro de 2023 [AFP via Getty Images]

Um dos marcos nacionais do Sudão — um arranha-céu às margens do rio Nilo que abrigava a sede da Companhia de Petróleo do Grande Nilo — foi reduzido a cinzas e destroços devido a uma nova escalada nos confrontos entre facções rivais na capital Cartum.

As informações são da agência de notícias Reuters.

A torre de vidro e metal foi construída durante o boom de petróleo no país, antes do Sudão do Sul proclamar sua independência em 2011. Trata-se de um dos maiores investimentos em construção civil do Estado norte-africano.

Fogo e fumaça tomaram o distrito financeiro de Cartum no sábado (16), perto do encontro entre o Nilo Azul e Branco, após confrontos entre as Forças Armadas e as Forças de Suporte Rápido (FSR). Não está claro qual foi a causa imediata do incêndio.

As Forças de Suporte Rápido acusaram o exército de atacar o local, junto de outros prédios estratégicos, em meio a esforços para coagir uma retirada dos rebeldes de partes da capital sudanesa tomadas pela coalizão paramilitar no início do conflito.

As Forças Armadas não comentaram o incidente até então.

A guerra entre as partes começou em meados de abril, após meses de tensão sobre o plano de transição à democracia, quatro anos depois do ditador Omar al-Bashir ser destituído por um levante popular. Os lados rivais compartilhavam poder desde um golpe militar em 2021.

O conflito em curso causou saques e escassez de remédios e alimentos, expulsando cerca de cinco milhões de pessoas de suas casas.

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