Ao menos quatro policiais egípcios morreram neste domingo (30) durante um ataque a tiros contra uma instalação de segurança pesadamente fortificada na península do Sinai, segundo relato de duas fontes locais à rede Associated Press.
Entre os mortos, está um oficial de alto escalão.
As fontes, em condição de anonimato, confirmaram que ao menos 21 agentes foram feridos pelo ataque ao quartel-general da Agência de Segurança Nacional (ASN) em El-Arish, capital da província do Sinai do Norte.
Conforme uma lista de baixas compartilhada com a imprensa, ao menos oito policiais foram baleados – outros sofreram sintomas de asfixia devido a gás lacrimogêneo disparado dentro da instalação.
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O website local Mada Masr reportou no domingo que, apesar dos rigorosos procedimentos de acesso, confrontos tomaram a instalação nas primeiras horas da manhã.
O complexo fortificado abriga ainda a diretoria de segurança do Sinai do Norte, o gabinete administrativo provincial, escritórios do Serviço Geral de Inteligência e um Tribunal Penal.
Fontes locais confirmaram que o tiroteio cortou a comunicação da área.
Conforme relatos, confrontos avançaram por até seis horas, nas quais agentes de segurança trancaram o prédio, ao impedir que funcionários civis entrassem ou saíssem do perímetro.
O governo de Abdel Fattah el-Sisi alega combater uma insurreição ligada ao grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh) no Sinai desde 2013, quando tomou o poder via golpe militar contra o presidente democraticamente eleito, Mohamed Morsi. Durante a campanha, denúncias de crimes de guerra e abusos de direitos humanos se tornaram comuns.
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