clear

Criando novas perspectivas desde 2019

ONG israelense condena novo plano expansionista de Israel na Cisjordânia

24 de fevereiro de 2023, às 14h29

Tratores israelenses demolem casas palestinas na Cisjordânia ocupada, 23 de setembro de 2020 [Mamoun Wazwaz/Agência Anadolu]

A ONG israelense Peace Now condenou hoje a decisão de Israel de construir mais de 7.000 casas para colonos na Cisjordânia, 3.000 delas no chamado corredor E1, que dividiria esse território palestino em dois.    

O Conselho Superior de Planejamento da Administração Civil de Israel aprovou na quarta e quinta-feira a construção de 7.157 unidades habitacionais em vários assentamentos localizados na Cisjordânia, considerados ilegais pela comunidade internacional.

Em 2021 e 2022, foram aprovados três mil 645 e quatro mil 427 para serem construídos, respectivamente.

Os principais planos de construção estarão localizados nos bairros de Ma’ale Adumin (1.100 casas), Kochav Yaakov (630), Giv’at Ze’ev (485), Ma’ale Amos (485) e Elazar (430).

LEIA: Conselho de Segurança da ONU denuncia Israel em comunicado

A Peace Now afirmou que o plano E1 ameaça a continuidade geográfica e de desenvolvimento entre as cidades de Ramallah, Jerusalém Oriental e Belém, e limitaria ainda mais a possibilidade de um futuro estado palestino.

“A erosão da democracia israelense é a principal agenda do governo (de Benjamin Netanyahu), e o faz não apenas minando o sistema judicial, mas também destruindo qualquer possibilidade de solução política e de paz”, alertou.

Conhecida como área E1 ou corredor E1, esta área de cerca de 12 quilômetros quadrados tem uma posição chave, pois está localizada entre Jerusalém Oriental e Ma’ale Adumim.

As autoridades palestinas afirmam que, além de conectar as duas urbanizações, o objetivo de Tel Aviv é isolar Jerusalém Oriental do restante da Cisjordânia, que também seria dividida em duas.

A parte oriental daquela metrópole, ocupada por Israel, é reivindicada como a capital do futuro Estado palestino, posição defendida pela maior parte da comunidade internacional e pela ONU.

LEIA: O derramamento de sangue palestino e o ultraje dos gestos vazios

Publicado originalmente em Prensa Latina