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Hamas e AP condenam plano de Israel de construir estação rodoviária na Cisjordânia

18 de outubro de 2021, às 11h45

Assentamentos israelenses perto de Nablus, na Cisjordânia ocupada por Israel, em 10 de fevereiro de 2015 [Nedal Eshtayah/Apaimages]

O Movimento de Resistência Islâmica Palestina – Hamas – e a Autoridade Palestina – AP – condenaram, no último domingo, a construção de Israel de uma grande estação de ônibus na Cisjordânia ocupada.

Em um comunicado, o Hamas anunciou: “Construir uma estação de ônibus israelense perto da cidade de Nablus, na Cisjordânia, é um novo crime e opressão sionista sobre os palestinos”.

O Hamas acrescentou: “A aceleração da normalização dos laços entre o estado de ocupação israelense e os países árabes encorajou a ocupação sionista a continuar suas agressões, crimes e violações contra os palestinos”.

A mídia israelense informou que Israel havia começado a construir uma grande estação de ônibus perto de Nablus que atende aos assentamentos judeus israelenses nos territórios ocupados.

No ano passado, Emirados Árabes, Bahrein, Marrocos e Sudão declararam a normalização dos laços com o estado de ocupação de Israel.

O Ministério das Relações Exteriores e Expatriados da Palestina também condenou a construção da estação de ônibus, anunciando em um comunicado que “estabelecer o projeto exclusivo para colonos mina as chances de fazer a paz com base na visão da solução de dois Estados”.

Afirmou que o projeto que fica entre Ramallah e Nablus “tem como objetivo facilitar o movimento dos colonos e ligar a rede de estradas de assentamento com Israel”.

“Isso se enquadra no contexto das tentativas do governo israelense e sua corrida contra o tempo para anexar a Cisjordânia”, disse o comunicado.

De acordo com estimativas israelenses e palestinas, cerca de 650.000 colonos israelenses vivem em 164 assentamentos e 124 postos avançados na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

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