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Israel propõe terceira dose de vacina contra covid a grupos de risco

Cidadã israelense é vacinada contra o covid-19 no Centro Médico Shamir, em Tel Aviv, 28 de janeiro de 2021 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]
Cidadã israelense é vacinada contra o covid-19 no Centro Médico Shamir, em Tel Aviv, 28 de janeiro de 2021 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Neste domingo (11), Israel anunciou que começará a oferecer uma terceira dose da vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo laboratório Pfizer a adultos com carência imunológica e estuda disponibilizar a medida ao público geral.

As informações são da agência Reuters.

Em junho, a rápida propagação da variante Delta aumentou o índice de contágio de menos de dez casos diários a cerca de 450 diagnósticos. Em resposta, o governo israelense mobilizou-se para acelerar sua próxima carga do imunizante da Pfizer.

O Ministro da Saúde Nitzan Horowitz afirmou que adultos com o sistema imunológico comprometido que receberam as duas doses do imunizante poderão obter reforço, sob condição de maior disponibilidade e distribuição das vacinas.

A Pfizer e sua parceira BioNTech, principais fornecedoras da campanha de vacinação israelense, com início em dezembro, afirmaram na quinta-feira (8) que consultarão as agências regulatórias da Europa e dos Estados Unidos sobre as doses de reforço.

Ambas as empresas citaram um suposto aumento gradual de infecção após seis meses de imunização, como argumento para autorizar uma terceira dose.

Sob críticas de cientistas e oficiais de saúde, os laboratórios, porém, não compartilharam dados demonstrando o risco, mas prometeram torná-los públicos em breve.

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“Estamos examinando a questão e não temos ainda uma resposta final”, declarou Horowitz à rádio estatal Kan, questionado sobre a dose de reforço à população geral. “De qualquer modo, administraremos uma terceira dose a pessoas com imunodeficiência”.

Segundo autoridades de saúde, Israel possui 46 pacientes em estado grave internados atualmente — dos quais metade foram vacinados, a maioria com comorbidades.

Cerca de 5.7 milhões de 9.3 milhões de pessoas em Israel receberam ao menos uma dose.

Entretanto, Israel é acusado de apartheid de saúde por postergar a imunização de palestinos sob ocupação, inclusive trabalhadores no país, a despeito da lei internacional.

Horowitz afirmou que seu ministério também pretende compensar uma queda no fornecimento da Pfizer ao utilizar vacinas do laboratório Moderna mantidas em estoque.

O premiê israelense Naftali Bennett afirmou em reunião televisionada de seu gabinete que combinou com a Pfizer que a próxima remessa de vacinas contra o covid-19 chegará ao país em 1° de agosto. O lote do imunizante estava previsto para setembro.

A Pfizer não confirmou ainda as alegações israelenses.

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