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Fundo norueguês suspende financiamento de empresas em assentamentos na Cisjordânia

20 de maio de 2021, às 12h21

Vista aérea da cidade de Tulkarm, Cisjordânia, Palestina, 5 de agosto de 2020 [Wikimedia]

O fundo soberano do petróleo norueguês anunciou, nesta quinta-feira (20), que retirou seus investimentos de três empresas, incluindo duas empresas ligadas a assentamentos israelenses na Cisjordânia.

O fundo soberano do petróleo disse que tomou a decisão devido ao que considerou uma violação sistemática dos direitos humanos e de práticas que violam os direitos dos palestinos.

Fontes norueguesas revelaram que os funcionários do fundo soberano registraram precauções contra a Shapir Engineering and Industry e a Miven Real State, com relação às atividades relacionadas aos assentamentos israelenses na Cisjordânia.

O Conselho de Ética entende que os assentamentos israelenses na Cisjordânia foram estabelecidos em violação do direito internacional, e que sua existência contínua e expansões causam grandes danos e inconvenientes para a população palestina na região, também os recentes eventos nos territórios palestinos pressionados para agilizar a divulgação de informações.

O fundo soberano norueguês é o maior do mundo com um orçamento de US$ 1,3 trilhão, o fundo foi criado na década de 1960 com o objetivo de imunizar a economia norueguesa das oscilações do mercado de petróleo.

A decisão de mover o fundo em um momento em que a Faixa de Gaza está exposta a uma agressão israelense que matou mais de 230 palestinos, sendo 65 crianças e 39 mulheres, além de 1.710 feridos. Mais de 20 palestinos também foram mortos na Cisjordânia depois que as forças de ocupação israelenses atacaram manifestantes em protesto contra os massacres sangrentos que enfrentam a Faixa de Gaza.

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