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Ninguém pode tomar terras palestinas, afirma o presidente turco Recep Erdogan

25 de maio de 2020, às 16h05

Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan participa da inauguração de duas torres na Ponte de Canakkale, via videoconferência em Istambul, Turquia, 16 de maio de 2020 [Mustafa Kamaci/Agência Anadolu]

Neste domingo (24), o Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan reiterou o apoio de seu país à Palestina diante da celebração de todo o mundo islâmico do feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do mês sagrado do Ramadã.

“Não permitiremos que as terras palestinas sejam concedidas a mais ninguém”, declarou Erdogan em mensagem por vídeo compartilhada no Twitter, endereçada particularmente a muçulmanos dos Estados Unidos.

“Gostaria de reiterar que al-Quds al-Sharif, lugar sagrado das três religiões e nossa primeira qibla [direção da prece islâmica], é a linha vermelha para os muçulmanos do mundo”, reafirmou o presidente turco, em referência à Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada. Sionistas alegam que o local trata-se do chamado Monte do Templo, local sagrado judaico da Antiguidade. Jerusalém também abriga a Igreja do Santo Sepulcro, ícone da tradição cristã.

Prosseguiu Erdogan:

“Está claro que a ordem global fracassou em produzir justiça, paz e serenidade”

https://twitter.com/trpresidency/status/1264615898326814720

“Na semana passada, testemunhamos um novo projeto de ocupação e anexação, que desconsidera a soberania palestina e a lei internacional, posto em ação por Israel”, acrescentou o presidente turco.

No decorrer de maio, Israel anunciou avanços em seus planos de anexação sobre grande parte da Cisjordânia ocupada. O projeto deverá avançar a partir de 1° de julho, conforme acordo de coalizão assinado entre o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu e seu ex-adversário eleitoral Benny Gantz, chefe do partido Azul e Branco (Kahol Lavan).

O plano atraiu indignação global e repúdio expressivo da Turquia, em particular.

A Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, é definida como território ocupada sob a lei internacional; portanto, todos os assentamentos na região, assim como projetos de expansão e anexação, são terminantemente ilegais.

LEIA: União Europeia diz que não reconhecerá anexação unilateral da Cisjordânia por Israel