Bassem Naeem, membro do gabinete político do Hamas, afirmou que o acordo de cessar-fogo prevê claramente o destacamento de uma força internacional de estabilização, uma medida apoiada pelo Conselho de Segurança da ONU. No entanto, ele disse que esse caminho permanece estagnado, sem sinais concretos de um acordo iminente sobre a formação da força ou a definição de sua identidade, função e tarefas.
Naeem explicou que os esforços regionais e internacionais, supervisionados pelos Estados Unidos, até agora não conseguiram garantir um engajamento prático no estabelecimento de tal força. Ele atribuiu isso à falta de clareza sobre seu mandato, escopo de trabalho, regras de engajamento e à ausência de um documento claro que regule a natureza de sua intervenção.
Em declarações ao jornal Felastin na quarta-feira, Naeem enfatizou que a posição do Hamas é firme. Ele afirmou que qualquer força internacional deve se limitar a monitorar o cessar-fogo, separar as partes, prevenir a escalada do conflito e apresentar relatórios, sem qualquer envolvimento nos assuntos internos palestinos ou na administração da Faixa de Gaza.
Nesse mesmo contexto, Naeem acusou Israel de tentar obstruir a transição para a segunda fase do acordo de cessar-fogo. Ele disse que essa fase exige que Israel se retire completamente da Faixa de Gaza, abra as passagens de fronteira e inicie um processo de recuperação e reconstrução.
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