A Câmara dos Deputados determinou o arquivamento, por ausência de provas, do processo administrativo movido contra o servidor público Sayid Marcos Tenório, numa ação de claro caráter persecutório e político, articulada pelos deputados Altineu Côrtes (Líder do PL), Marcos Feliciano (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG).
A acusação de supostas postagens “preconceituosas e racistas” revelou-se infundada e foi utilizada como instrumento para tentar silenciar o ativismo de Sayid Tenório em defesa do povo palestino e sua denúncia do genocídio cometido pelo Estado de Israel, amplamente apoiado pela extrema-direita brasileira.
Em sua defesa, Sayid Tenório demonstrou que sua atuação pública se insere no exercício legítimo da liberdade de expressão e da defesa dos direitos humanos, não configurando qualquer incompatibilidade com o cargo que ocupa. Denunciou ainda que o processo tinha como objetivo criminalizar a solidariedade internacional à Palestina.
No caso da postagem feita na plataforma X em 7 de janeiro de 2023, ficou comprovado que não houve racismo ou preconceito contra a soldado sionista Naama Levy. A publicação limitou-se a uma constatação fática, sem conotação discriminatória.
Sayid Tenório também ressaltou que nenhuma das soldados israelenses que estiveram em cativeiro relatou estupro ou abuso sexual, tendo declarado à Cruz Vermelha Internacional que foram tratadas com dignidade, recebendo alimentação, água e vestimentas.
O arquivamento do processo expõe mais uma tentativa frustrada de perseguição política, reafirma a legitimidade da solidariedade ao povo palestino e desmonta a estratégia de criminalização das vozes que denunciam o genocídio em curso.
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