O Ministério das Relações Exteriores do Iraque comemorou o que descreveu como uma votação histórica do Congresso dos EUA, tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado, para revogar as autorizações para o uso da força militar contra o Iraque, emitidas em 1991 e 2002.
A revogação foi incluída na Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA) para o ano fiscal de 2026. O Ministério das Relações Exteriores afirmou que espera que a lei seja ratificada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Em comunicado, o Ministério explicou que a conclusão do processo de revogação das duas autorizações, em vigor há mais de 30 anos, reflete uma mudança na visão dos legisladores americanos devido a uma série de considerações internas e externas.
Acrescentou que a revogação representa um ponto de virada importante na reformulação da natureza jurídica das relações entre o Iraque e os Estados Unidos. A medida estabelece as bases para um novo relacionamento baseado no respeito à soberania do Iraque, no fim do legado da guerra e no fortalecimento da estrutura da parceria estratégica.
O Ministério afirmou que a decisão também envia uma mensagem à comunidade internacional de que o Iraque se tornou um ambiente seguro e atraente para investimentos.
Ressaltou que a revogação das autorizações de 1991 e 2002 não enfraquece os esforços de combate ao terrorismo. A autorização de 2001 para o uso da força militar, emitida após os ataques de 11 de setembro para enfrentar a ameaça da Al-Qaeda e de outros grupos terroristas associados, permanece em vigor.
O Ministério das Relações Exteriores do Iraque reafirmou o compromisso do governo iraquiano em fortalecer as relações bilaterais para construir uma parceria de longo prazo, servir aos interesses de ambos os países e apoiar a estabilidade no Oriente Médio.
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