A ONU afirmou na terça-feira que se opõe a qualquer mudança na fronteira entre Gaza e Israel, após o chefe militar israelense ter supostamente declarado uma nova fronteira no território, segundo a Anadolu.
A suposta adoção por Israel da chamada “linha amarela” do plano de cessar-fogo do presidente dos EUA, Donald Trump, como uma nova fronteira parece ir “contra o espírito e a letra” do acordo, disse o porta-voz Stephane Dujarric a repórteres.
Ele afirmou que a ONU “se opõe firmemente a qualquer alteração das fronteiras de Gaza e Israel”, esclarecendo que, quando a ONU discute Gaza, refere-se à fronteira original, “não àquela delimitada pela linha amarela”.
Os comentários seguem uma declaração do Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel, Eyal Zamir, que teria dito que “a linha amarela é agora a nova fronteira de Gaza”. Zamir também afirmou que Israel manterá “controle operacional sobre extensas áreas da Faixa de Gaza”.
Israel continua a ocupar mais de 50% do território de Gaza sob o acordo de cessar-fogo, com a linha amarela separando as zonas de implantação militar israelense das áreas onde os palestinos têm permissão para se movimentar.
Um acordo de cessar-fogo entrou em vigor em Gaza em 10 de outubro, no âmbito do plano de 20 pontos de Trump, pondo fim a dois anos de ataques israelenses que mataram mais de 70.000 pessoas, a maioria mulheres e crianças, e feriram quase 171.000 desde outubro de 2023.
A primeira fase do acordo inclui a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos. O plano também prevê a reconstrução de Gaza e o estabelecimento de um novo mecanismo de governo sem o Hamas.
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