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Sudão insiste no cumprimento do acordo de Jeddah antes de qualquer cessar-fogo com as Forças de Apoio Rápido (RSF)

30 de novembro de 2025, às 03h59

Bandeira da República do Sudão [Maksim Konstantinov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images]

O Ministro das Relações Exteriores do Sudão, Mohi El-Din Salem, afirmou na quarta-feira que todos os termos do acordo de Jeddah devem ser cumpridos antes que qualquer cessar-fogo possa ser acordado com as Forças de Apoio Rápido (RSF).

Após o início dos confrontos entre o exército e as RSF em abril de 2023, as duas partes chegaram a um cessar-fogo em Jeddah, na Arábia Saudita, em 11 de maio daquele ano. O acordo, patrocinado por Riad e Washington, incluía compromissos de proteção de civis e a retirada das RSF de áreas civis. No entanto, as RSF não cumpriram integralmente o acordo.

Em uma coletiva de imprensa em Porto Sudão, no nordeste do Sudão, Salem afirmou: “Nossa posição é clara: a implementação do Acordo de Jeddah deve vir antes de qualquer acordo de cessar-fogo, para demonstrar seriedade”.

Ele também enfatizou que as Forças de Apoio Rápido (RSF) devem se retirar das cidades e suspender todos os cercos.

Dos 18 estados do Sudão, as RSF controlam os cinco estados da região de Darfur, no oeste, com exceção de algumas áreas do norte de Darfur do Norte, controladas pelo exército. O exército controla a maior parte dos 13 estados restantes, incluindo a capital, Cartum.

Há mais de um ano, as RSF mantêm um cerco rigoroso a três cidades — Babanousa, Dalanj e Kadugli — nos estados de Kordofan do Sul e Ocidental, no sul do Sudão. Os moradores dessas regiões enfrentam graves dificuldades humanitárias, com escassez de alimentos e medicamentos.

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