O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett enfrenta ação judicial no Brasil após o Instituto Brasil-Palestina (IBRASPAL) ter apresentado um pedido formal à Justiça Federal solicitando sua prisão durante sua visita planejada a São Paulo ontem. Sua visita estava agendada para um evento no Hebraica Club de São Paulo, um centro comunitário judaico-brasileiro.
O pedido se baseia em acusações de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio contra civis palestinos, particularmente na Faixa de Gaza.
Em entrevista à Quds Press, o presidente do instituto, Ahmed Shahada, afirmou que a entrada de Bennett em território brasileiro “abre uma clara brecha legal que permite ao Estado tomar medidas judiciais caso se confirme a suspeita de seu envolvimento em crimes internacionais graves”. Ele acrescentou que a legislação brasileira, juntamente com os compromissos internacionais do país, confere ao Judiciário federal a autoridade para abrir investigações e conduzir tais casos.
Shahada explicou que “os fundamentos legais para o pedido de prisão se baseiam no compromisso do Brasil em processar crimes internacionais graves dentro de seu marco legislativo”, observando que a incorporação das Convenções de Genebra e do Estatuto de Roma à legislação nacional “permite a abertura de investigações contra qualquer pessoa que entre no país e seja suspeita de cometer crimes graves”.








