Espetáculo Cartas de Gaza leva realidade palestina a Salvador

Com duas últimas apresentações marcadas para 21 e 28 de novembro, antecedendo o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, celebrado em 29 de novembro, o Grupo TECA Teatro apresenta seu espetáculo Cartas de Gaza no Teatro Molière, Aliança Francesa (Barra) em Salvador, dentro do projeto 1, 2, 3, Salve Todos!

Com direção de Sérgio Farias e texto de Camilo Fróes, o espetáculo mescla textos de documentos e depoimentos reais com cenas criadas a partir de pesquisas e percepções sobre os acontecimentos recentes na Palestina.

Cartas de Gaza do Grupo TECA Teatro tem montagem em Salvador em novembro de 2025, com  direção de Sérgio Farias e texto de Camilo Fróes, dentro do projeto 1, 2, 3, SALVE TODOS! [Grupo TECA/ Divulgação]

Cartas de Gaza do Grupo TECA Teatro tem montagem em Salvador em novembro de 2025, com  direção de Sérgio Farias e texto de Camilo Fróes, dentro do projeto 1, 2, 3, SALVE TODOS! [Grupo TECA/ Divulgação]

Cartas de Gaza do Grupo TECA Teatro tem montagem em Salvador em novembro de 2025, com  direção de Sérgio Farias e texto de Camilo Fróes, dentro do projeto 1, 2, 3, SALVE TODOS! [Grupo TECA/ Divulgação]

Cartas de Gaza do Grupo TECA Teatro tem montagem em Salvador em novembro de 2025, com  direção de Sérgio Farias e texto de Camilo Fróes, dentro do projeto 1, 2, 3, SALVE TODOS! [Grupo TECA/ Divulgação]

Cartas de Gaza se apoia principalmente no artigo “As arabs see the Jews” (Como os árabes veem os judeus, em tradução livre), escrito pelo Rei Abdullah, da Jordânia, em 1947; no livro “Sumud em tempos de genocídio”, lançado em 2024 pela psiquiatra palestina Samah Jabr, e em trechos dos Monólogos de Gaza, cartas escritas em 2010 por adolescentes que integravam o grupo Ashtar Theatre Palestine. Além de ter como referência o noticiário atual e os diversos relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU). O resultado é uma colagem de cenas e reflexões sobre o arcabouço ideológico que torna possível o que acontece hoje em Gaza.

O elenco é composto por participantes de uma oficina de teatro realizada na UFBA e ministrada pelo diretor Sérgio Farias, pesquisador do GIPE-CIT, integrantes do Grupo TECA e atores convidados.

A montagem se apoia ainda em projeções audiovisuais que ajudam a trazer um olhar mais cru sobre a realidade do que vem acontecendo na Faixa de Gaza.

Com mais de 25 pessoas em cena, o espetáculo busca denunciar, informar e sensibilizar, sobre a destruição da infraestrutura, o genocídio em curso, o sofrimento e a luta do povo palestino. Enquanto milhares se amontoam famintos à espera de ajuda humanitária, líderes políticos discutem sobre resorts e a “mina de ouro imobiliária” de Gaza.

Projeto 1, 2, 3, SALVE TODOS!

No primeiro semestre de 2025, o Grupo TECA Teatro convidou diversos artistas e amigos para ler textos voltados para a juventude ou tendo ela como tema. Foram dezenas de textos lidos em conjunto como parte da atividade de pesquisa do grupo, que agora administra o Teatro Molière, na Aliança Francesa da Barra, em Salvador.

O grupo se dividiu em 3 núcleos para apresentar espetáculos sempre às sextas-feiras nos meses de setembro, outubro e novembro de 2025. O espetáculo Ensinando a Transgredir, criado a partir do texto O Coro dos Maus Alunos, de Tiago Rodrigues, e trechos de livro de mesmo nome de bell hooks, esteve em cartaz em setembro, com direção de Marconi Arap. A Revolta dos Pinguins ou A cartilha do mal educado ocupa o mês de outubro, com texto de Luciana Comin e direção de Diogo Watanabe.

Cartas de Gaza é o terceiro e último espetáculo,  que o autor Camilo Fróes e o diretor Sérgio Farias ajudam a sensibilizar para a situação do povo palestino em um período marcado por manifestações internacionais de solidariedade, associados à data alusiva, e pressões por um cessar fogo efetivo e pelo direito palestino a seu Estado independente.

“Os números sobre o que vem ocorrendo na Palestina nos últimos dois anos são tão difíceis de acreditar quanto de visualizar”, afirmam, ao lembrar que mais de 70 mil toneladas de explosivos foram “lançados em uma área densamente povoada, hospitais e escolas bombardeados, milhões de pessoas com suas casas destruídas, templos religiosos destruídos, dezenas de milhares de mortos entre homens, mulheres e crianças, com uma quantidade inaceitável de vítimas civis”.

“O desafio de transformar números em histórias”, dizem eles ao divulgar seu trabalho, “ é o de trazer de volta a humanidade para uma população que é alvo de uma campanha constante de desumanização que exotiza, criminaliza e condena todo um povo. Contar as suas histórias é uma forma de defender e trazer de volta a humanidade dessas pessoas aos olhos de todos.

As apresentações de 21 e 28 de novembro (sextas-feiras próximas) começam sempre às 19h30 no Teatro Molière, Aliança Francesa (Barra). Os ingressos são vendidos a R$40 (inteira) e R$20 (meia) na bilheteria do teatro a partir de uma hora antes do espetáculo e na plataforma Sympla, com classificação indicativa para maiores de 14 anos.

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