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Departamento de Estado dos EUA apoia revogação das sanções da Lei César contra a Síria

1 de novembro de 2025, às 12h33

A capital síria, Damasco, vista do Monte Qasioun em 14 de outubro de 2025. [Izz Aldien Alqasem/ Anadolu Agency]

O governo Trump afirmou na sexta-feira que apoia a revogação das sanções da Lei César contra a Síria, instando os legisladores americanos a incluí-la na Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA), que está atualmente em discussão no Congresso, segundo a Anadolu.

“O governo apoia a revogação da Lei César. O Congresso deve incluir a revogação na NDAA”, disse um porta-voz do Departamento de Estado à Anadolu.

O porta-voz acrescentou que “a suspensão das sanções contra a Síria preserva a integridade do nosso principal objetivo – a derrota definitiva do Estado Islâmico – e dará ao povo sírio a chance de um futuro melhor”.

“Os Estados Unidos mantêm comunicação regular com parceiros regionais e acolhem com satisfação qualquer investimento ou envolvimento na Síria que apoie a possibilidade de todos os sírios terem um país pacífico e próspero”, acrescentou o porta-voz.

A medida segue o anúncio feito por Trump em maio de 2025 de suspender a maioria das sanções americanas contra a Síria, após um encontro com o presidente sírio Ahmad al-Sharaa na Arábia Saudita – o primeiro entre líderes americanos e sírios em 25 anos. Na ocasião, Trump descreveu as sanções como “brutais e paralisantes” e acrescentou que a suspensão delas “daria à Síria uma chance de grandeza”.

Em 30 de junho, Trump assinou uma ordem executiva para encerrar as sanções americanas contra a Síria, embora a Lei César de 2019, que autoriza tais medidas, permaneça em vigor. O novo governo da Síria considera as sanções da Lei César um obstáculo à recuperação do país após quase 14 anos de guerra civil que devastou a economia e a infraestrutura sírias.

Bashar al-Assad, que governou a Síria por quase um quarto de século, fugiu para a Rússia em 8 de dezembro de 2024, marcando o fim do longo regime do Partido Baath, que começou em 1963.

Al-Sharaa, que liderou as forças anti-regime que depuseram Assad, foi declarado presidente interino no final de janeiro, prometendo reconstruir o país e restaurar a estabilidade.