Protesto estudantil força ex-diplomata americano a deixar a Universidade Americana no Cairo

2 meses ago

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O embaixador dos EUA em Israel, Daniel Kurtzer, discursa durante uma coletiva de imprensa, em 15 de outubro de 2003, na embaixada americana em Tel Aviv [TAL COHEN/AFP via Getty Images]

A Universidade Americana no Cairo (AUC) foi abalada por um grande protesto estudantil na terça-feira contra a decisão da universidade de receber o ex-diplomata americano Daniel Kurtzer, levando-o a deixar o campus antes de proferir sua palestra.

Kurtzer, que foi embaixador dos EUA em Israel de 2001 a 2005, foi convidado pela Escola de Assuntos Globais e Políticas Públicas da AUC. Estudantes e professores se opuseram à sua participação, alegando seu apoio às políticas israelenses e seu envolvimento nas decisões de política externa dos EUA durante a guerra do Iraque.

Centenas de estudantes se reuniram no campus, agitando bandeiras palestinas e segurando faixas em solidariedade à Palestina. A manifestação começou por volta das 13h30, com os manifestantes entoando slogans condenando o evento e acusando a universidade de “normalizar” os laços com aqueles que apoiam Israel.

Em uma declaração conjunta, a União de Estudantes da AUC afirmou que mais de 40 organizações estudantis se uniram “em indignação, consciência e solidariedade à Palestina”. A declaração criticou a administração por ignorar os apelos dos estudantes para cancelar a palestra, afirmando que receber Kurtzer era “inaceitável e profundamente ofensivo à nossa comunidade universitária”.

“Não se trata de liberdade acadêmica, mas de responsabilidade moral”, disseram os estudantes, enfatizando que “dar espaço a alguém que defende o apartheid é normalização, e não permitiremos isso”.

O protesto faz parte de uma onda mais ampla de ativismo estudantil em todo o mundo, expressando solidariedade aos palestinos em meio ao genocídio em curso em Gaza, que, segundo relatórios das Nações Unidas, já custou dezenas de milhares de vidas desde sua escalada em outubro de 2023.

De acordo com os organizadores estudantis, Kurtzer acabou deixando as dependências da universidade depois que a oposição generalizada dos estudantes impediu a realização do evento.

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