EUA não enviarão tropas para Gaza ou Israel, afirma o vice-presidente Vance

2 meses ago

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O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, fala à imprensa durante coletiva de imprensa na Sala de Imprensa Brady, na Casa Branca, em Washington D.C., em 1º de outubro de 2025. [Mehmet Eser/ Agência Anadolu]

O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, afirmou que, apesar do papel desempenhado na obtenção do novo acordo de cessar-fogo em Gaza, os EUA não têm planos de enviar tropas americanas para Gaza ou Israel, segundo a Anadolu.

“Não planejamos enviar tropas para o solo”, disse Vance à NBC em uma entrevista transmitida no domingo, acrescentando que isso se aplica tanto a Gaza quanto a Israel.

“O que já temos é um Comando Central dos EUA”, disse ele, referindo-se ao CENTCOM dos EUA, que cobre o Oriente Médio.

“Eles vão monitorar os termos do cessar-fogo… (e) garantir que a ajuda humanitária esteja fluindo.”

Vance disse que muitos países de maioria muçulmana se ofereceram para enviar tropas à região para proteger Gaza e que tropas americanas não seriam necessárias.

Afirmando acreditar que o acordo de cessar-fogo pôs fim à guerra em Gaza, Vance acrescentou: “Teremos que trabalhar muito para garantir que ela continue encerrada.”

Reféns israelenses podem ser libertados ‘a qualquer momento’

Vance disse que, antes do prazo final de segunda-feira, os reféns israelenses restantes em Gaza podem ser libertados “a qualquer momento”.

Vance disse que “não se pode dizer exatamente o momento em que serão libertados, mas temos toda a expectativa — é por isso que o presidente está indo — de que ele receberá os reféns no início da próxima semana”, referindo-se à cúpula de paz de segunda-feira no Egito, da qual Trump deve participar.

Ele também disse à ABC que há 20 reféns vivos que devem ser libertados nas próximas 24 horas.

A cúpula em Sharm el-Sheikh, Egito, copresidida por Trump e pelo presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi, com a participação de mais de 20 países, busca “encerrar a guerra na Faixa de Gaza, intensificar os esforços para trazer paz e estabilidade ao Oriente Médio e inaugurar uma nova fase de segurança e estabilidade regional”, afirmou a presidência egípcia.

Desacordo sobre o mandato do Conselho de Segurança da ONU para a força de segurança

No mês passado, Trump revelou um plano de cessar-fogo de 20 pontos para Gaza, que inclui a libertação de todos os prisioneiros israelenses em troca de cerca de 2.000 prisioneiros palestinos, um cessar-fogo permanente e uma retirada gradual das forças israelenses de toda a Faixa de Gaza.

A segunda fase prevê o estabelecimento de um novo mecanismo de governo em Gaza sem a participação do Hamas, a formação de uma força de segurança composta por palestinos e tropas de países árabes e islâmicos e o desarmamento do Hamas. Também estipula financiamento árabe e islâmico para a nova administração e reconstrução da faixa, com participação limitada da Autoridade Palestina.

A formação da força de segurança deverá ser discutida durante a cúpula no Egito, já que os países árabes querem que o Conselho de Segurança da ONU defina o mandato da força, em meio à oposição israelense, que alega que isso restringiria sua liberdade de ação militar.

Os países árabes e muçulmanos, em geral, acolheram o plano, mas algumas autoridades também afirmaram que muitos detalhes dele precisam ser discutidos e negociados para serem totalmente implementados.

Desde outubro de 2023, ataques israelenses mataram mais de 67.600 palestinos no enclave, a maioria mulheres e crianças, e o tornaram praticamente inabitável.

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