EUA financiaram o genocídio de Israel em Gaza com 33 bilhões de dólares em ajuda militar, revela novo relatório

2 meses ago

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Tanque e veículo blindado israelitas são vistos durante mobilização militar na fronteira de Gaza, em Israel, a 30 de setembro de 2025. [Mostafa Alkharou/ Agência Anadolu]

Um novo relatório divulgado ontem pelo Instituto Quincy para a Arte de Governar Responsável e pelo Projeto Custos da Guerra da Universidade Brown constatou que os EUA forneceram pelo menos 21,7 bilhões de dólares em ajuda militar a Israel desde 7 de outubro de 2023. As descobertas contundentes implicam diretamente o apoio dos EUA ao que muitos grupos de direitos humanos e autoridades da ONU têm rotulado como genocídio.

O relatório, da autoria de William D. Hartung, membro do Instituto Quincy, expõe os canais de despesa que alimentaram as operações militares de Israel — desde remessas diretas de armas a programas de financiamento maciços como o Financiamento Militar Estrangeiro (FMF) e compras offshore. Conclui que a prolongada e devastadora campanha militar de Israel não teria sido possível sem o financiamento, as armas e o apoio político dos EUA.

“Dada a escala dos gastos actuais e futuros, é evidente que as Forças de Defesa de Israel (FDI) não poderiam ter causado os danos que causaram em Gaza… sem o apoio dos EUA”, refere o relatório.

Além dos 21,7 mil milhões de dólares enviados diretamente para Israel, os EUA gastaram mais 9,65 a 12,07 bilhões de dólares em operações militares relacionadas no Iémen, Irão e outros teatros regionais, desencadeados pela agressão israelita na região, elevando os gastos totais dos EUA ligados ao genocídio em Gaza para mais de 33 mil milhões de dólares.

O relatório enumera o equipamento letal que os EUA enviaram para Israel: mais de 2,3 bilhões de dólares em bombas, mísseis e minas; mais de 20.000 espingardas de assalto; e milhares de kits de orientação, ogivas e outras armas ofensivas. Estas armas têm sido fundamentais para a campanha aérea israelita, que fez mais de 67 mil palestinianos mortos, sobretudo mulheres e crianças.

O relatório detalha ainda como os EUA continuaram as entregas de armas sob os governos de Joe Biden e Donald Trump, com novos acordos de armamento — como um pacote de 6 mil milhões de dólares anunciado no mês passado — alinhados para os próximos anos.

Apesar da crescente oposição pública ao genocídio de Israel, não foi tomada qualquer medida para suspender a ajuda ou as transferências de armas. O relatório alerta que, a menos que os EUA cortem todas as formas de apoio militar — incluindo peças sobressalentes e manutenção — Israel continuará plenamente capaz de continuar a sua guerra.

“Sem o apoio dos EUA, Israel não teria aeronaves de combate para lançar bombas e muito menos bombas para lançar”, conclui o relatório. “Uma fatia cada vez maior do arsenal de Israel ficaria em manutenção sem os mecânicos e as peças de substituição contratados pelos EUA.”

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