Brasileiros da Global Sumud  Flotilha chegam à Jordânia

2 meses ago

Warning: foreach() argument must be of type array|object, null given in /www/wwwroot/monitordooriente.com/wp-content/plugins/amp/includes/templates/class-amp-post-template.php on line 236
Após sequestro por Israel, brasileiros da Global Sumud Flotilha são deportados via Jordânia [Reprodução/Rede Social]

Uma foto nas redes sociais mostra o grupo de 13 brasileiros da Flotilha Global Sumud já na Jordânia, após sequestro e prisão por Israel. Ontem, a organização da Flotilha no Brasil divulgou informação recebidado Itamaraty de que representantes da Embaixada do Brasil em Tel Aviv os havia visitado na prisão Ktzi’ot.
“Após a visita, e a cobrança do governo brasileiro perante as autoridades israelenses, fomosinformados, no início da noite no Brasil, que todos os integrantes da delegação brasileira sairão da prisão de Ktzi’ot na manhã do dia 07/10 e deixarão israel pela Ponte Allenby/Rei Hussein, com destino à Jordânia, conforme mensagem oficial das autoridades israelenses.”
A informação é de que ativistas de outros países também deixariam a prisão no mesmo momento, entre eles integrantes das delegações da Argentina, Colômbia, África do Sul e Nova Zelândia.
A Embaixada brasileira em Amã estava preparada para recebê-los na Jordânia e prestar o auxílio necessário, incluindo uma consulta médica para avaliar o estado de saúde de cada um. “Ainda não temos informações sobre como se dará a chegada dos 13 brasileiros ao país após a chegada em Amã.”
Até o então, o único membro da delegação brasileira deportado fora Nicolas Calabrese, que um cidadão argentino-italiano residente no Brasil e que teve o auxílio da diplomacia italiana, chegando ontem à noite no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, onde mora.

De acordo com o Itamaraty, as autoridades israelenses não permitiram acesso direto, comunicação ou interação com os ativistas enquanto permanecessem sob sua custódia, em transferência da prisão para a fronteira com a Jordânia. Os representantes da Embaixada do Brasil em Tel Aviv esperaram no ponto de fronteira para qualquer eventualidade.

Para a organização da Flotilha, a libertação dos integrantes no dia 07 de outubro carrega um símbolo de resistência, mas Mas também nos lembra que não há liberdade verdadeira enquanto o cerco persistir, odeslocamento forçado, e a limpeza étnica. Neste dia, completam-se 2 anos de genocídio em Gaza. “São dois anos sem uma resposta efetiva dos governos do mundo inteiro, que permanecem cúmplices dos crimes contra a humanidade cometidos pelo regime israelense” – diz a organização da Flotilha no Brasil, denunciando as 8 décadas de limpeza étnica perpretada por Israel.

“Os israelenses controlam a entrada e saída de pessoas e de todo o tipo de produtos, alimentos e serviços de Gaza, por vias marítimas, terrestres e aéreas desde junho de 2007, impondo um cerco cruel e ilegal a população palestina. Mas desde março deste ano foi imposto um cerco total à Gaza, impedindo a entrada de alimentos e medicamentos.
Além da fome, utilizada como instrumento de controle pelo regime de israel, um total de 1,9 milhões de palestinos em Gaza foram deslocados forçadamente entre outubro de 2023 e 25 de junho de 2025, conforme o último relatório do Conselho de Direitos Humanos da Onu.
Por isto navegamos, porque existe um genocídio em andamento, sendo todos os dias televisionado, e que ocorre com a cumplicidade dos governos que poderiam agir, mas seguem inertes diante do massacre”, afirma a organização em uma nota à imprensa. Com um apelo:

“É urgente que a comunidade internacional e os governantes acabem com a inércia, e atuem de forma concreta para pôr fim à ocupação e garantir a liberdade do povo palestino”.

Saiba quem são os 13 brasileiros cuja volta imediata é aguardada no Brasil:

Thiago Ávila (@thiagoavilabrasil) – Internacionalista, socioambientalista, militante experiente. Organizador internacional da flotilha e de missões anteriores no Mediterrâneo, como a do navio Madleen. Reconhecido por sua atuação em causas climáticas e pela justiça social.

Bruno Gilga Rocha (@brunogilgarocha) – Trabalhador da Universidade de São Paulo e atuante no Sindicato dos Trabalhadores da USP. Como ativista internacionalista e da causa palestina, esteve na Marcha Global para Gaza, no Egito, e agora integra a coordenação brasileira da Global Sumud Flotilla. Porta-voz oficial da delegação.

Lucas Farias Gusmão (@ekkicetacea) – Ativista, internacionalista e filho da Bahia. Tem como preocupação central o futuro do planeta e da Humanidade diante da máquina capitalista e imperialista que tudo devora.

João Aguiar (@joaoaguiar_) – Ativista do Movimento Global para Gaza e do Núcleo Palestina do PT/SP. Atuou em unidades públicas de assistência social no Nordeste brasileiro, promovendo justiça social por meio da culinária, alimentação e agricultura familiar. Hoje integra a coordenação da delegação brasileira da flotilha.

Mohamad El Kadri (@mohamadelkadri) – Mohamad El Kadri é brasileiro, filho de libaneses, filiado ao Partido dos Trabalhadores desde 1982. É presidente do Fórum Latino-Palestino e coordenador da Frente Palestina de São Paulo, tem dedicado sua vida a discutir e promovera causa palestina. É sua terceira missão para levar solidariedade ativa à Gaza.

Mariana Conti (@marianaconti_psol) – Vereadora em Campinas (PSOL/SP). Feminista, reconhecida pela defesa de direitos humanos, da educação pública e do ecossocialismo.

Gabrielle Tolotti (@gabi_tolotti) – Presidenta do PSOL RS. Atua em movimentos sociais e de solidariedade internacional.

Ariadne Telles (@ariadnetelles) – Advogada de direitos humanos da Amazônia. Militante pelo Movimento Bem Viver, com experiência em ações diretas e uma trajetória de resistência em defesa de territórios e comunidades.

Lisiane Proença (@lisiproenca) – Comunicadora popular, viajante e agitadora cultural. Há uma década na estrada, conecta lutas socioambientais, territórios e comunidades no Brasil e na América Latina profunda, registrando e amplificando vozes que resistem.

Magno Carvalho Costa (@magno.carvalho47) – Militante do Sindicato dos Trabalhadores da USP e da CSP-Conlutas. Veterano de iniciativas de solidariedade internacional ao povo palestino.

Victor Nascimento Peixoto (@mansur.peixoto) – Professor pesquisador do canal História Islâmica. Ativista e comunicador popular.

Luizianne Lins (@luiziannelinspt) – Professora, Deputada Federal PT (Ceará), duas vezes prefeita de Fortaleza.

Miguel Viveiros de Castro – Um dos fundadores da rede Indymedia Brasil e da Cooperativa de Calafou, na Catalunha (Espanha). Dirigiu os documentários “Brad, uma noite mais nas barricadas” e “Mundurukania, na beira da história” entre outros.

LEIA: Israel monitora ativistas pró-Palestina em todo o mundo, incluindo no Brasil

Sair da versão mobile