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China apoia a candidatura da Palestina para ingressar no BRICS

29 de setembro de 2025, às 02h20

Ilustração fotográfica com o logotipo do BRICS. [Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket via Getty Images]

O Ministério das Relações Exteriores da China expressou seu apoio na sexta-feira ao pedido da Palestina para ingressar no bloco BRICS, um líder global em ascensão na promoção do multilateralismo, da cooperação e do intercâmbio econômico mutuamente benéfico entre Estados soberanos que representam um mundo emergente e multipolar.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, enfatizou que seu país acolhe com satisfação a integração de novos parceiros que compartilham os mesmos princípios de cooperação.

“Acolhemos com satisfação a participação de parceiros com ideias semelhantes na cooperação no âmbito do BRICS e na assistência conjunta para avançar em direção a uma ordem internacional mais justa e equitativa”, afirmou o porta-voz em entrevista coletiva.

Guo enfatizou que o bloco se consolidou como um espaço fundamental para a coordenação entre mercados emergentes e países em desenvolvimento, além de se tornar um motor para a multipolaridade e a democratização das relações internacionais.

Por sua vez, o embaixador palestino em Moscou, Abdel Hafiz Nofal, confirmou que o pedido de adesão foi formalmente apresentado, embora tenha reconhecido que, devido a certas limitações, a participação da Palestina poderia começar como observadora.

“Ainda não recebemos uma resposta. Acredito que a Palestina participará da associação como convidada até que as condições permitam que se torne membro pleno”, afirmou.

O pedido da Palestina foi divulgado em post do Russia News na rede X.

O grupo BRICS foi fundado em 2006 e originalmente era composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em 2024, a aliança se expandiu com a adição de Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.

Essa expansão fortaleceu a influência global do bloco, que hoje representa quase metade da população mundial, mais de 40% da produção de petróleo bruto e cerca de um quarto do comércio internacional.

Além disso, graças ao mecanismo BRICS+, países sujeitos a sanções unilaterais, como Rússia, China e Irã, fortaleceram seus laços em cooperação comercial, econômica, de segurança e estratégica. (Telesur)

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