![Os preparativos para os barcos da Itália que se juntarão à Frota Global Sumud, que partiu da Espanha para demonstrar solidariedade aos palestinos, na Sicília, Itália, em 6 de setembro de 2025, continuam. [Barış Seçkin/Agência Anadolu]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2025/09/AA-20250907-39043418-39043414-PREPARATIONS_CONTINUE_FOR_ITALIAN_BOATS_JOINING_GLOBAL_SUMUD_FLEET.webp)
Os barcos que se juntarão à flotilha de ajuda humanitária Global Sumud, com destino a Gaza, começaram a partir dos portos da ilha italiana da Sicília na quinta-feira, informa a Anadolu.
Decorados com bandeiras palestinas, vários barcos que se preparavam em portos da costa leste da Sicília zarparam para o Mediterrâneo na manhã de quinta-feira, segundo informações de ativistas.
Partindo de portos como Catânia e Augusta, os navios pararam na cidade de Siracusa, no sul da Sicília, antes de seguirem para Gaza.
Os primeiros barcos que chegaram a Siracusa foram recebidos por apoiadores pró-Palestina em terra, gritando “Palestina Livre”.
Entre os que partiram da Itália estavam Arturo Scotto, deputado oposicionista do Partido Democrata; Annalisa Corrado, deputada europeia; Marco Croatti, senador do Movimento 5 Estrelas (M5S); e Benedetta Scuderi, deputada europeia da Aliança Verde-Esquerda.
Em declarações anteriores, na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, disse ter telefonado para seu colega israelense, Gideon Saar, e informado que a organização fornecerá assistência diplomática e consular aos 58 cidadãos italianos que se juntarão à flotilha.
Espera-se que os barcos que partem da Itália se encontrem com barcos vindos da Espanha e da Tunísia no Mediterrâneo antes de seguirem para Gaza.
Alguns partiram na manhã de quinta-feira de Sidi Bou Said para Bizerte, ambos na Tunísia, em preparação para a partida do comboio de ajuda humanitária planejada para sexta-feira, com o objetivo de romper o bloqueio israelense ao território palestino.
A flotilha inclui cerca de 36 embarcações, transportando um total de 500 a 700 ativistas de mais de 40 países.
O comboio é o maior do gênero até o momento, visto que tentativas anteriores envolveram navios isolados que Israel interceptou no mar. Os organizadores afirmam que seu objetivo é desafiar o bloqueio e entregar ajuda humanitária aos palestinos em Gaza, onde a fome se instalou devido ao bloqueio israelense, que já dura meses.
A Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC), apoiada pela ONU, confirmou em 22 de agosto que a fome havia se instalado no norte de Gaza e alertou que ela poderia se espalhar à medida que o bloqueio israelense continua.
O exército israelense prossegue com uma ofensiva brutal na Faixa de Gaza, matando mais de 64.700 palestinos desde outubro de 2023. A campanha militar devastou o enclave, que enfrenta a fome.
Em novembro passado, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.
Israel também enfrenta um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça por sua guerra contra o enclave.