A Suprema Corte de Israel reconheceu neste domingo (7) que a alimentação concedida a prisioneiros palestinos nas cadeias do país não cumpre padrões estabelecidos por lei, ao admitir “preocupação” sobre a quantidade das rações.
A declaração decorre de uma moção no Judiciário registrada pela Associação por Direitos Civis em Israel (ACRI), contra a política adotada pelas autoridades penitenciárias.
A ministra Daphna Barak-Erez corroborou que os argumentos da procuradoria não foram convincentes, comparados aos peticionários. Barak-Erez instou medidas das autoridades para assegurar os parâmetros.
“Não se trata de conforto ou luxo, mas condições básicas de vida reconhecidas pela lei”, alegou a corte.
Organizações da sociedade civil palestina estimam mais de 19 mil palestinos presos por Israel na Cisjordânia e em Jerusalém ocupadas, incluindo 1.550 crianças, desde o início do genocídio em Gaza, em outubro de 2023.
Setenta e sete palestinos morreram nas prisões, quarenta e seis de Gaza.
Organizações internacionais denunciam Israel há décadas por abusos contra palestinos em custódia, incluindo fome, negligência médica e mesmo violência sexual.
![Suprema Corte de Israel em Jerusalém ocupada, em 28 de setembro de 2023 [Menahem Kahana/AFP via Getty Images]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2025/09/GettyImages-1694437370-scaled-e1703146832557.webp)