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Ração aos palestinos detidos não cumpre padrões legais, admite Justiça israelense

9 de setembro de 2025, às 13h57

Suprema Corte de Israel em Jerusalém ocupada, em 28 de setembro de 2023 [Menahem Kahana/AFP via Getty Images]

A Suprema Corte de Israel reconheceu neste domingo (7) que a alimentação concedida a prisioneiros palestinos nas cadeias do país não cumpre padrões estabelecidos por lei, ao admitir “preocupação” sobre a quantidade das rações.

A declaração decorre de uma moção no Judiciário registrada pela Associação por Direitos Civis em Israel (ACRI), contra a política adotada pelas autoridades penitenciárias.

A ministra Daphna Barak-Erez corroborou que os argumentos da procuradoria não foram convincentes, comparados aos peticionários. Barak-Erez instou medidas das autoridades para assegurar os parâmetros.

“Não se trata de conforto ou luxo, mas condições básicas de vida reconhecidas pela lei”, alegou a corte.

Organizações da sociedade civil palestina estimam mais de 19 mil palestinos presos por Israel na Cisjordânia e em Jerusalém ocupadas, incluindo 1.550 crianças, desde o início do genocídio em Gaza, em outubro de 2023.

Setenta e sete palestinos morreram nas prisões, quarenta e seis de Gaza.

Organizações internacionais denunciam Israel há décadas por abusos contra palestinos em custódia, incluindo fome, negligência médica e mesmo violência sexual.