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Congresso dos EUA tenta obstruir venda de jatos a Turquia, por apoio à Palestina

9 de setembro de 2025, às 14h19

Jato de guerra F-35 em Skrydstrup, Dinamarca, em 1º de outubro de 2023 [Bo Amstrup/Ritzau Scanpix/AFP via Getty Images]

Deputados dos Estados Unidos estão pressionando por obstruir a venda de jatos militares F-35 à Turquia, exceto se seu governo expulse lideranças políticas do Hamas e desiste do apoio à resistência palestina, reportou o jornal israelense Maariv.

Segundo informações, uma série de emendas ao Ato de Autorização de Defesa Nacional de 2026 (NDAA) podem barrar a transferência de armas à Turquia, apesar de sua filiação à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Ancara tenta finalizar o acordo há meses, em meio a sucessivos adiamentos.

Parlamentares americanos têm alegado sucessivas preocupações, incluindo a compra do sistema de defesa russo S-400, violações do espaço aéreo da Grécia e disputas sobre o Chipre do Norte.

O último pretexto foi o fato de Ancara manter contato com a ala política do grupo Hamas, incluindo lideranças exiladas radicadas no país.

Os deputados Gus Bilirakis, republicano, e Brad Schneider, democrata, introduziram uma nova emenda para impedir as vendas a menos que a Casa Branca assegure que a Turquia “não apoie substancialmente o Hamas ou quaisquer uma de suas facções”.

O emenda requer ainda que a administração certifique que Ancara não imponha “ameaça militar” a Israel ou coopere com Rússia, China, Irã ou Coreia da Norte, incluindo mediante venda de drones turcos.

Israel — ao contrário da Turquia — não é membro da OTAN.

Caso aprovadas, as medidas podem fechar o mercado militar americano à Turquia.