Sudão do Sul nega acordo com Israel para reassentar palestinos

3 meses ago

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Palestinos abrigados em tendas, sob ataques de Israel, na Cidade de Gaza, em 2 de setembro de 2025 [Hassan Jedi/Agência Anadolu]

O Sudão do Sul negou nesta quinta-feira (4) relatos de um acordo com Israel para reassentar palestinos a seu território, ao insistir não ter se comprometido com Washington para receber novos imigrantes deportados.

A imprensa israelense chegou a divulgar, no entanto, um plano para transferir residentes de Gaza ao Sudão do Sul, apesar das precárias condições socioeconômicas e políticas do país.

Autoridades em Juba rapidamente contestaram os relatos, mas ativistas online e nas ruas apontaram dúvidas.

Em coletiva de imprensa em Juba, nesta quinta-feira (4), Philip Jada Natana, diretor-geral do Governo para Relações Bilaterais, confirmou a assinatura de um memorando de entendimento com Israel, mas alegou abordar “capacidade agrária, investimento e mineração”.

“Não houve conversas sobre reassentar os palestinos ao Sudão do Sul”, acrescentou.

Em julho, o país norte-africano concordou em receber oito imigrantes deportados dos Estados Unidos, sobretudo da Ásia e América Latina, a pedido da administração de Donald Trump, próxima ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Abuk Ayuel Mayen, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores sul-sudanês, reiterou, neste sentido, não haver acordo com Washington, ao descrever o episódio como “compromisso bilateral de uma única vez”.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há quase dois anos, com ao menos 63 mil mortos e dois milhões de desabrigados, sob cerco, destruição e fome. Dentre as mortes, ao menos dezoito mil são crianças.

Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, emitiu mandados de prisão contra Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos em Gaza.

O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024. Governos e empresas cúmplices podem ser implicados ao longo do processo.

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