Naim Qassem, secretário-geral do movimento libanês Hezbollah, rejeitou firmemente as ações do governo pelo desarmamento dos grupos de resistência nesta segunda-feira (25), ao acusar Beirute de ceder a pressão de Israel e Estados Unidos.
Qassem descreveu o intento do governo em desarmar o Hezbollah, à medida que Tel Aviv mantém suas agressões ao território libanês, como decisão “pecaminosa”, que contradiz princípios fundamentais do Estado.
“Desarmar-nos é desnudar a nossa essência; veríamos nossa verdadeira força”, apregoou Qassam.
O líder libanês questionou a lógica por trás das ações, após sacrificar cerca de cinco mil combatentes e comandantes na última rodada de combates com Israel. Qassem insistiu na negativa, incluindo salvo-conduto às ações da ocupação.
Qassem alertou que, caso a gestão central não reveja a postura, o resultado será prejuízo a sua credibilidade, legitimidade e soberania.
Em 5 de agosto, o gabinete libanês votou pelo monopólio de armas ao exército, com prazo até o fim de 2025. O Hezbollah declarou oposição, bem como núcleos da população.
Dois dias depois, Beirute sinalizou apoio a propostas dos Estados Unidos para consolidar um cessar-fogo com Israel, incluindo desarmamento do Hezbollah.
O exército da ocupação israelense mantém presença no sul do Líbano em violação a um acordo de cessar-fogo firmado com o Hezbollah em novembro passado, após um ano de troca de disparos e cerca de dois meses de invasão por terra.
![Secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, em Beirute, Líbano, em 6 de agosto de 2024 [Houssam Shbaro/Anadolu via Getty Images]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2025/08/GettyImages-2165078202-scaled-1.webp)