Quarenta e dois mil protestos e eventos pró-Palestina em mais de 700 cidades e 20 países tomaram a Europa nos últimos 22 meses, no contexto do genocídio israelense em Gaza, reportou nesta semana o Centro Europeu de Informações da Palestina (EPAL).
Os atos, observou o dossiê, abrangeram membros da sociedade civil e mesmo políticos e parlamentares de diversas nacionalidades europeias.
O EPAL creditou as mobilizações por um impacto considerável na Europa, ao amplificar o isolamento cultural e acadêmico de Israel, bem como conscientização das comunidades sobre a causa e história palestina, frente à narrativa israelense.
Maher Hijazi, membro do conselho de diretores da EPAL, ressaltou mecanismos diversos para documentar as atividades, incluindo correspondentes, colaboradores e voluntários em diversas cidades europeias.
Dados de maio registraram 34 mil atos em 640 cidades, com aumento exponencial desde então. Recordistas são Alemanha, com 5.700 atos; Espanha, com 4.800 atos; Itália, com 4.200 atos; e França, com 3.800 atos; além de Reino Unido, epicentro de protestos, com dados não-computados.
Neste sábado (16), milhares saíram em novos protestos, reportou a agência Anadolu.
Em Estocolmo, na Suécia, ativistas vestidos de preto, com caixões simbólicos, reuniram-se na Praça Odenplan com bandeiras palestinas e retratos de jornalistas mortos por Israel em Gaza e na Cisjordânia.
Em Dublin, na Irlanda, milhares de trabalhadores de saúde marcharam por cessar-fogo.
Em Glasgow, a secretária de Habitação da Escócia, Mairi McAllan se reuniu aos ativistas, com um cartaz escrito “Paz para a Palestina já”.
Na Inglaterra, policiais prenderam 13 manifestantes, durante um ato de apoio ao grupo de ação direta Palestine Action, criminalizado pelo governo de Keir Starmer. As detenções se somam a centenas no fim de semana anterior.
Em Buckinghamshire, milhares cercaram uma base da Força Aérea Real (RAF), pelo fim da cumplicidade militar britânica com o genocídio em curso.
Israel ignora apelos internacionais por cessar-fogo ao manter ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com mais de 62 mil mortos e dois milhões de desabrigados, sob condições de cerco, destruição e fome.
O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
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![Centenas protestam contra assassinatos de jornalistas por Israel em Gaza, na Estação Central de Utrecht, na Holanda, em 14 de agosto de 2025 [Mouneb Taim/Agência Anadolu]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2025/08/AA-20250814-38833209-38833199-PROTEST_IN_UTRECHT_IN_SOLIDARITY_WITH_AL_JAZEERA_JOURNALISTS_KILLED_IN_GAZA-scaled-e1755519875903.webp)