Firma alemã sugere se mudar aos EUA para manter vendas de armas a Israel

4 meses ago

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Alexander Sagel, diretor executivo da empreiteira militar Renk, em entrevista à rede Bloomberg, em Frankfurt, na Alemanha, em 1º de julho de 2025 [Alex Kraus/Bloomberg via Getty Images]

A empreiteira alemã Renk ameaçou transferir sua estrutura produtiva aos Estados Unidos para manter vendas de componentes a tanques a Israel, após Berlim suspender em parte exportações de armas a Tel Aviv, no contexto do genocídio em Gaza.

O diretor executivo (CEO) Alexander Sagel afirmou ao Financial Times que a firma bávara tem “responsabilidade” em assegurar que Israel “detenha capacidades de dissuasão”, ao ignorar denúncias e evidências de crimes de guerra.

O grupo fabrica caixas de câmbio a tanques e blindados israelenses, fundamentais para a campanha de infantaria em Gaza, em que bairros inteiros foram destruídos, com mais de 62 mil mortos e dois milhões de desabrigados sob cerco e fome.

Sagel admitiu sujeição à lei alemã, mas confirmou explorar um “plano B”, para contornar sanções, a serem deferidas pelo conselho de segurança em Berlim.

Israel é um cliente menor da Renk, com 2 a 3% das compras anuais, ao indicar, portanto, inclinação ideológica e interesse de mercado.

A Renk lucra ostensivamente com a instabilidade geopolítica, ao se beneficiar, conforme resultados, do rearmamento geral da Europa, com aumento de 22% nas rendas somente no primeiro semestre de 2025, a €620 milhões.

Sagel reconheceu que o embargo impactaria os dividendos.

Pressionado sobre a moralidade de vender armas, Sagel alegou se tratar de uma “questão complexa”, mas insistiu que a Alemanha tem o dever em preservar o poderio de Israel —não somente em Gaza, como “em outras fronteiras”.

O anúncio do chanceler Friedrich Merz coincide uma onda de rechaço ocidental contra a escalada de Israel, após imagens de fome tomarem o mundo.

Neste contexto, o fundo soberano da Noruega — estimado em US$3 trilhões — confirmou desinvestir de firmas israelenses, além de cortar laços com agências de crédito.

Grupos de direitos humanos reivindicam embargo total de armas a Israel, ao advertir que transações tornam entes externos cúmplices de genocídio, assim investigado pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia deferida há 20 meses.

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