Exército libanês busca monopólio das armas; Hezbollah rejeita plano do governo

4 meses ago

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Presidente do Líbano, Joseph Aoun, em Beirute, 17 de abril de 2025 [Presidência do Líbano/Agência Anadolu]

O governo do Líbano autorizou o exército a preparar um plano para consolidar seu monopólio de armas, até o fim do ano, declarou na noite desta terça-feira (5) o primeiro-ministro Nawaf Salam, segundo informações da agência Anadolu.

A decisão foi tomada durante reunião do gabinete chefiada pelo presidente Joseph Aoun, para debater o desarmamento de agentes não-estatais, sobretudo o movimento Hezbollah.

Durante coletiva de imprensa, Salam confirmou que o gabinete concordou em prosseguir com discussões sobre a proposta dos Estados Unidos para controle de armas, em encontro do governo marcado para quinta-feira (7).

Nesta quarta, o Hezbollah rechaçou à medida como “grave pecado”, ao “adotar decisões que privam o Líbano de sua resistência armada contra o inimigo israelense”.

Para o movimento, a decisão “prejudica a capacidade libanesa” de reagir a agressões externas, ao abrir caminho para que Israel conquiste seus objetivos no país, após fracassar em sua invasão militar no último ano.

“Deste modo, trataremos a decisão como se não existisse”, reiterou o Hezbollah.

Para o movimento, a medida é capitulação do governo aos “ditames do enviado americano Tom Barrack”, proponente da ação.

O Hezbollah ressaltou seguir aberto ao diálogo sobre a “estratégia de segurança nacional”, bem como pauta dos prisioneiros e reconstrução de áreas devastadas pelos ataques israelenses — “porém, não sob agressão”.

Israel lançou ataques aéreos ao Líbano em 8 de outubro de 2023, paralelamente ao início do genocídio em Gaza, ainda em curso.

Em setembro de 2024, a troca de disparos avançou a guerra aberta, com invasão israelense e mais de quatro mil mortos e 17 mil feridos, além de milhões de deslocados. Um cessar-fogo foi firmado em novembro, contudo, sob sucessivas violações por Israel.

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