‘Rompa o cerco’: Ativistas reivindicam visita do Papa Leão à Faixa de Gaza

4 meses ago

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O Papa Leão XIV enfrenta chamados cada vez mais eloquentes para agir em relação a Gaza, incluindo sugestões de que lidere uma missão assistencial ao enclave sitiado, em meio à pior da catástrofe humanitária.

A pressão é resposta a uma postagem do pontífice na rede social X (Twitter), na qual lamentou a morte de três cristãos, por um ataque israelense, dentro da Igreja da Sagrada Família, de denominação católica, na Cidade de Gaza, na última semana.

Leão expressou “tristeza” sobre o incidente e prometeu “orar pelas vítimas”. Mais tarde, após uma nota fria, identificou os mortos, Saad Issa Kostandi Salameh, Foumia Issa Latif Ayyad e Najwa Ibrahim Latif Abu Daoud, ao oferecer “apoio espiritual” a suas famílias e sua comunidade. 

Alguns agradeceram o gesto; outros disseram não ser o bastante.

Seu comunicado preliminar, compartilhado no dia seguinte do ataque, confirmou mortos, mas sequer identificou Israel como agressor.

A omissão atraiu críticas e levou a comparações com seu antecessor, o papa Francisco, conhecido por suas críticas contumazes à guerra israelense em Gaza, bem como comunicação regular com a comunidade cristã sob genocídio.

Agora, soma-se pressão para que Leão não apenas seja mais firme em suas palavras, como aja efetivamente. 

“O papa deve ir a Gaza e levar ajuda”, escreveu um usuário nas redes sociais. “Deveria desafiar Israel a impedi-lo. Palavras, não importa se são de coração, não salvaram uma única criança com fome”.

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Outro sugeriu que o papa carregasse um barco com comida e medicamentos: “Após as Nações unidas declararem o estágio final da fome endêmica, potencialmente irreversível para milhões de pessoas, atos de coragem são a única chance”.

Alguns notaram o status único do pontificado na arena internacional: “Existem apenas seis ou sete pessoas que Israel não teria culhão, ou autorização dos Estados Unidos, para assassinar caso levassem ajuda — o papa é uma delas”.

“Encha um avião com assistência humanitária, rompa o cerco aéreo”, sugeriu outro usuário. “O que vão fazer? Derrubar o avião? O avião do papa?”.

Na última semana, o Escritório de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) advertiu que as famílias de Gaza sofrem uma “fome catastrófica”, com suas crianças “definhando e morrendo” antes de conseguirem ajuda.

RESENHA: Cristo nos Escombros: Fé, a Bíblia e o Genocídio em Gaza 

Desde então, a Defesa Civil palestina confirmou dezenas de crianças mortas por inanição. Segundo Mahmud Bassal, porta-voz da agência: “Essas mortes, de partir o coração, não se dão por bombardeio direto, mas pela fome — pela falta de serviços básicos de saúde, pela falta de comida e de fórmula infantil”.

Publicado originalmente em inglês na rede Middle East Eye, em 21 de julho de 2025

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