Após bombardear a Síria, Netanyahu consegue mais uma vez adiar seu julgamento

5 meses ago

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O julgamento por corrupção, há muito esperado, contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi novamente adiado nesta semana, reportou o jornal Times of Israel, desta vez, após a ocupação bombardear a Síria.

O episódio ecoa um padrão de escalada regional em meio a crises políticas ou pessoais de Netanyahu, sob risco de colapso de seu governo.

A corte distrital de Tel Aviv confirmou nesta quarta-feira (16) a suspensão da audiência marcada, horas após mísseis israelenses atingirem Damasco, incluindo o Ministério da Defesa e proximidades do Palácio Presidencial. 

O bombardeio ocorreu sob pretexto de proteger os drusos de Suwayda, no sul da Síria, após confrontos com o governo central. A comunidade, contudo, rejeita a intervenção; analistas apontam para objetivo de desestabilizar a região.

Em ocasiões prévias e contextos similares, o regime israelense lançou ataques a Líbano e Irã, incitando receios de uma escalada regional e mesmo internacional.

Netanyahu enfrenta três acusações de fraude, propina e crime de responsabilidade na Justiça israelense, bem como denúncias de arrastar, por razões pessoais, seu genocídio na Faixa de Gaza — com mais de 58 mil mortos em 650 dias.

O premiê é também foragido em 120 países, sob mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, emitido em novembro.

A Síria, após a queda do regime de Bashar al-Assad e sob a presidência interina do líder rebelde Ahmed al-Sharaa, tem reiterado esforços para evitar confrontação direta com Israel, muito embora a ocupação tenha avançado ao sul do país.

Recentemente, o governo dos Estados Unidos de Donald Trump retirou o Hayat Tahrir al-Sham — antiga organização de al-Sharaa — da lista de entidades terroristas, no que analistas descrevem como retribuição por alinhamento ocidental e moderação frente a Israel.

Cálculos políticos também são notórios. Para comentaristas, a campanha mais recente do premiê busca aplacar parceiros extremistas de sua coalizão, em meio a renúncia de ministros e apelos nacionais por eleições antecipadas.

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