clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Brasil e Palestina coordenam combate à fome

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e a ministra do Desenvolvimento Social da Palestina, Samah Hamad, discutem ações para apoiar população de Gaza.

12 de julho de 2025, às 11h36

Palestinos, lutando contra a fome devido ao embargo israelense, aguardam na fila para receber refeições quentes distribuídas por organizações de caridade enquanto os ataques israelenses continuam, no Campo de Refugiados de Jabalia, na Cidade de Gaza, Gaza, em 17 de maio de 2025. [Mahmoud İssa/Agência Anadolu]

O Brasil está coordenando com a Palestina formas de ajudar a população da Faixa de Gaza e implantar no território programas sociais por meio da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Em um encontro virtual realizado na terça-feira (8), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e a ministra do Desenvolvimento Social da Palestina, Samah Hamad, conversaram sobre os programas que precisam ser implantados na região.

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza foi uma sugestão da presidência brasileira no G20 para apoiar esforços que buscam erradicar a fome e a pobreza e reduzir as desigualdades com foco nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Ela prevê instrumentos para atender emergências e depende de doações para que suas iniciativas sejam colocadas em prática.

De acordo com informações da pasta de Wellington Dias, a Palestina é um dos 13 países prioritários para o “fast track”, um mecanismo da Aliança Global para acelerar a implantação de projetos. E, dentro das necessidades de Gaza, dois programas foram aprovados.

Um deles, de transferência de renda. O outro, destinado à proteção de mulheres e crianças. Juntos, os programas têm orçamento de US$ 42 milhões, devem beneficiar 155 mil mulheres e 10 mil crianças com doação de alimentos, kits de saúde, apoio psicossocial e reabilitação de centros de cuidado. Os projetos ainda estão arrecadando recursos.

“Gaza precisa ser reconstruída e a vida vai voltar a acontecer da forma que acontecia antes, ou até melhor, porque é importante para nós. Perdemos muita gente, mulheres e crianças, que fazem parte da comunidade que estamos tentando reconstruir”, disse Hamad.

“Vamos trabalhar para que possamos agilizar as condições e a definição rápida desses potenciais doadores. Compreendemos a gravidade da situação e é isso que estamos buscando sensibilizar com os doadores”, afirmou Dias.

LEIA: Negação de comida, assassinatos em massa e campo de concentração revisitados em 2025

Publicado originalmente em Anba