Os Estados Unidos confirmaram nesta quarta-feira (9) a imposição de sanções contra a relatora especial das Nações Unidas para os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, por seu relatório recente sobre a cumplicidade corporativa com os crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos por Israel na Faixa de Gaza.
Na rede social X (Twitter), Marco Rubio, secretário de Estado, acusou Albanese de “agir ilegítima e vergonhosamente para atrair medidas do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra oficiais, empresas e executivos israelo-americanos”.
Rubio então condenou as críticas de Albanese, incluindo apelos por responsabilização e justiça contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e figuras aliadas.
O chanceler decidiu então difamar a advogada, ao acusá-la de “cuspir antissemitismo [sic], apoiar o terrorismo [sic] e demonstrar desprezo aberto aos Estados Unidos, Israel e todo o Ocidente”.
Segundo Rubio, os alertas de Albanese emitidos a empresas americanas com negócios com a ocupação seriam “cartas de ameaça”, com “acusações infundadas”.
No começo de julho, Albanese encaminhou um novo relatório ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, ao tratar de “mecanismos corporativos que apoiam o projeto colonial de Israel de limpeza étnica do povo palestino”.
LEIA: Uma economia do genocídio: Israel e o Relatório Albanese
