A população de Gaza caiu em torno de 10% em meio à campanha genocida do exército israelense, confirmaram dados oficiais nesta quinta-feira (10), segundo informações da agência de notícias Anadolu.
“A Palestina — especificamente a Faixa de Gaza — vivencia uma catástrofe humanitária e demográfica sem precedentes devido à agressão israelense em curso, desde outubro de 2023”, reportou o Escritório Central de Estatísticas da Palestina.
Segundo o censo — sob provável subnotificação, devido às condições em campo —, ao menos 57 mil palestinos, incluindo 18 mil crianças e 12 mil mulheres, foram mortas nos ataques israelenses, constituindo 2.4% da população total de Gaza.
Números do gabinete registraram ainda quase cem mil palestinos exilados do enclave, sob a conjuntura imposta por Israel.
Antes de eclodir o genocídio, em 2023, a população de Gaza se estimava em 2.226.544 pessoas. Segundo o novo censo, os dados declinaram a 2.129.724 conforme a projeção de meados de 2024 — isto é, 6% de queda.
Um ano depois, prosseguiu a nota, a população caiu a 2.114.301 (10%).
O censo alertou também para uma distorção etária na pirâmide demográfica, devido a “ataques deliberados contra grupos de menor idade pelo exército de Israel, sobretudo crianças e adolescentes”.
Projeções científicas de revistas e publicações internacionais advertem, porém, que as fatalidades em Gaza podem exceder em muito os índices oficiais, devido ao colapso de serviços, incluindo saúde e resgate, por ataques de Israel.
Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, emitiu mandados de prisão contra o premiê israelense Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade em Gaza.
O Estado de Israel é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
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