O movimento Ansar Allah, conhecido como houthis, que administra o Iêmen, reafirmou seu apoio à liberdade de navegação no Mar Vermelho, “salvo Israel e seus apoiadores”, horas depois de Washington reportar baixas entre a tripulação de um barco comercial abordado pelo grupo.
Em nota divulgada na noite desta terça-feira (8) pela agência de notícias Saba, o chefe político do grupo iemenita, Mahdi al-Mashat, observou: “Estamos comprometidos com a liberdade de navegação a todos, exceto a entidade sionista e aqueles que apoiam sua agressão contra nosso povo em Gaza”.
Al-Mashat destacou que os houthis não têm intenção de alvejar qualquer embarcação que não possua vínculos com a ocupação israelense ou seus aliados diretos. Segundo o oficial, um centro de operações humanitárias foi montado para coordenar a navegação com empresas internacionais, a fim de “minimizar danos”.
“Todas as companhias de navegação devem cumprir as instruções e decisões de nossas Forças Armadas”, ressaltou, ao advertir que aqueles que as descumprirem “enfrentarão as consequências”. Neste sentido, o oficial instou todas as marcas a “evitarem negócios com recursos da entidade sionista”.
Al-Mashat saudou suas tropas, ao descrevê-las como “em crescimento e disciplinadas” e exortá-las a manter as operações “para dar fim à agressão e ao bloqueio impostos a Gaza, de acordo com as convenções internacionais”.
Na terça-feira, o governo dos Estados Unidos se queixou de supostos mortos e feridos dentre a tripulação de um barco abordado pelos houthis no Mar Vermelho.O movimento iemenita mantém um embargo de facto na região contra cargas a Israel, ou com origem israelense, bem como americanas e britânicas, cujos regimes apoiaram o Estado colonial em ataques ao Iêmen.
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