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Palestine Action desafia criminalização britânica, mantém ações contra Israel

2 de julho de 2025, às 16h03

Cartaz pintado de vermelho, representando sangue, pede desinvestimento da indústria armamentista israelense Elbit Systems, em ato pró-Palestina em Londres, Reino Unido, em 3 de setembro de 2024 [Rasid Necati Aslim/Agência Anadolu]

Ativistas do grupo Palestine Action — que conduz ações diretas por boicote, sanções e desinvestimento das violações israelenses na Palestina ocupada — voltaram a alvejar a maior fabricante de armas de Israel, nesta terça-feira (2), ao desafiarem os esforços do governo no Reino Unido para criminalizá-los como “terroristas”.

Em Bristol, no sudoeste da Inglaterra, ativistas do Palestine Action bloquearam o único acesso ao centro de comando da Elbit Systems.

O grupo reiterou fechar a sede “dias antes de possivelmente ser banido”, ao insistir em “ações diretas até a vitória”, conforme comunicado postado no Twitter (X).

Em mensagem posterior, declarou: “A Secretaria do Interior diz que temos o direito de protestar sem sermos chamados de ‘terroristas’, mas basta sermos efetivos e pararmos a indústria de morte israelense que somos ‘terroristas’. Os terroristas são aqueles que cometem e auxiliam o genocídio, não aqueles que tentam contê-lo”.

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Em vídeo, a organização relatou ter bloqueado o acesso por ao menos um dia, ao notar que “a Elbit Systems é cúmplice do genocídio em Gaza” e que “85% dos drones usados em Gaza pertencem à Elbit”.

Em protesto paralelo, membros do grupo ocuparam o telhado da Guardtech, empresa que, segundo as denúncias, age na rede de suprimentos da “maior produtora de armas de Israel”.

“Esta firma constrói e repara salas especializadas necessárias para que a Elbit faça suas armas, usadas para massacrar o povo palestino”, comentou um ativista, em vídeo, nas redes sociais. “É por isso que estamos interrompendo suas operações”.

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