O movimento palestino Hamas reafirmou nesta quarta-feira (25) seu compromisso com iniciativas de mediação para alcançar um acordo abrangente de cessar-fogo e troca de prisioneiros em Gaza, reportou a agência Anadolu.
“Reiteramos nosso engajamento contínuo e propositivo aos esforços de mediadores e a propostas ou ideias sérias que possam chegar a um cessar-fogo abrangente”, afirmou o grupo em comunicado.
O Hamas advertiu, no entanto, para a responsabilidade do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu governo pelo fracasso das negociações até então, em nome de interesses políticos particulares.
Segundo a nota, o acordo deve “incluir a suspensão da agressão e da guerra genocida contra nosso povo, garantir um cessar-fogo permanente, afiançar completa retirada das forças da ocupação de Gaza, assegurar o fluxo urgente de ajuda humanitária, iniciar os esforços de reconstrução e abranger seriamente uma troca de prisioneiros”.
Ao ignorar apelos internacionais, Israel mantém sua ofensiva a Gaza, desde outubro de 2023, com 56.100 palestinos mortos e dois milhões de desabrigados — em maior parte mulheres e crianças sob cerco absoluto, sem comida, água ou medicamentos.
Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o premiê Netanyahu e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos em Gaza.
O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
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