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Exército de Israel admite falhas de defesa contra mísseis do Irã

17 de junho de 2025, às 17h51

Bunker em Tel Aviv, sob ataques retaliatórios do Irã, em 17 de junho de 2025 [Menahem Kahana/AFP/Getty Images]

O exército israelense enfim admitiu a seus cidadãos que as defesas aéreas do país não estão completamente seguras contra os mísseis disparados do Irã, ao instar o público a respeitar as instruções do Comando do Front Doméstico.

Em comunicado emitido pouco após alertas serem ativados em diversas áreas, afirmou o exército: “Há alguns momentos, sirenes dispararam em várias partes do país, depois de detectarmos lançamentos do Irã. O público deve aderir as diretivas”.

A nota insistiu que a Força Aérea trabalha para interceptar os mísseis, mas reconheceu: “A defesa não está hermética; é importante, portanto, continuar a seguir as instruções do Centro de Comando”.

Explosões foram ouvidas em Tel Aviv, onde sirenes subitamente dispararam, sem alerta ou orientação prévia. Colonos deixaram suas casas e apartamentos sem saber quais as áreas efetivamente protegidas.

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O Canal 12 israelense confirmou uma pequena bateria iraniana, sem baixas reportadas até o momento.

Diante de um pânico crescente, à medida que disparos iranianos rompem as barreiras bilionárias de Israel, autoridades decidiram, porém, tentar impedir a saída de cidadãos pelos terminais aéreos, a fim de controlar a demografia colonial.

Israel lançou ataques não-provocados contra Teerã e outras cidades — incluindo zonas civis, militares e nucleares — na sexta-feira (13), incitando uma troca de disparos que já dura cinco dias, com baixas de ambos os lados.

A agressão israelense coincide com o genocídio em Gaza, em curso desde outubro de 2023, com 55.400 mortos e mais de dois milhões de desabrigados.

Não há perspectiva de desescalada até então.

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