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Hamas denuncia ‘armadilhas mortais’ em centros de distribuição em Gaza

10 de junho de 2025, às 16h29

Palestinos se aglomeram por alimentos em ponto de distribuição no chamado corredor Netzarim, no centro de Gaza, em 8 de junho de 2025 [Moiz Salhi/Agência Anadolu]

O movimento palestino Hamas denunciou o exército de Israel de conduzir uma série de massacres, ainda em curso, contra civis na Faixa de Gaza, ao caracterizar os “centros de assistência israelo-americanos” como “armadilhas mortais”.

As informações são da rede de notícias Quds Press.

Em nota emitida nesta segunda-feira (9), o Hamas confirmou dezenas de civis mortos, incluindo mulheres e crianças, nas horas recentes, devido a bombardeios intensivos a bairros residenciais e zonas habitadas de Gaza.

Ao menos dez civis foram mortos e dezenas foram feridos na manhã de segunda, após forças israelenses alvejarem multidões famintas que esperavam recursos perto de dois centros de distribuição, ao sul da Cidade de Gaza e oeste de Rafah.

O Hamas descreveu os crimes em curso como “assassinatos premeditados”, sob “falso verniz humanitário”, ao reiterar que a ocupação explora os “centros de distribuição de assistência” para atrair civis a zonas neutras sob pleno controle militar, e então alvejá-los com munição real.

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“Este é um crime de guerra em todos os sentidos, que se soma ao extenso recorde de violações da ocupação israelense”, enfatizou. Em seguida, listou os crimes: assassinato, fome e exploração de recursos — crimes de guerra, genocídio e lesa-humanidade.

O Hamas responsabilizou ainda a comunidade internacional por permitir continuidade das atrocidades com absoluta impunidade.

Para o movimento, a guerra de extermínio travada por Israel contra o povo palestinos, há 20 meses, é uma “mancha na humanidade” e impõe urgência legal e moral a toda a comunidade internacional para isolar Israel e responsabilizar seus líderes.

Israel mantém seu genocídio em Gaza há 612 dias, com 55 mil mortos e quase 130 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados, sob condições de fome catastrófica. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.

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