O movimento palestino Hamas denunciou o exército de Israel de conduzir uma série de massacres, ainda em curso, contra civis na Faixa de Gaza, ao caracterizar os “centros de assistência israelo-americanos” como “armadilhas mortais”.
As informações são da rede de notícias Quds Press.
Em nota emitida nesta segunda-feira (9), o Hamas confirmou dezenas de civis mortos, incluindo mulheres e crianças, nas horas recentes, devido a bombardeios intensivos a bairros residenciais e zonas habitadas de Gaza.
Ao menos dez civis foram mortos e dezenas foram feridos na manhã de segunda, após forças israelenses alvejarem multidões famintas que esperavam recursos perto de dois centros de distribuição, ao sul da Cidade de Gaza e oeste de Rafah.
O Hamas descreveu os crimes em curso como “assassinatos premeditados”, sob “falso verniz humanitário”, ao reiterar que a ocupação explora os “centros de distribuição de assistência” para atrair civis a zonas neutras sob pleno controle militar, e então alvejá-los com munição real.
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“Este é um crime de guerra em todos os sentidos, que se soma ao extenso recorde de violações da ocupação israelense”, enfatizou. Em seguida, listou os crimes: assassinato, fome e exploração de recursos — crimes de guerra, genocídio e lesa-humanidade.
O Hamas responsabilizou ainda a comunidade internacional por permitir continuidade das atrocidades com absoluta impunidade.
Para o movimento, a guerra de extermínio travada por Israel contra o povo palestinos, há 20 meses, é uma “mancha na humanidade” e impõe urgência legal e moral a toda a comunidade internacional para isolar Israel e responsabilizar seus líderes.
Israel mantém seu genocídio em Gaza há 612 dias, com 55 mil mortos e quase 130 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados, sob condições de fome catastrófica. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.
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