Em meio a tensões entre Paris e Tel Aviv, dois oficiais franceses chegaram ao Estado da ocupação israelense, para realizar encontros com líderes coloniais às vésperas de uma conferência internacional.
A assembleia — prevista para daqui uma quinzena — é uma iniciativa de Arábia Saudita e França, com suposto intuito de implementar a chamada solução de dois Estados. Para Israel, a conferência arrisca reconhecer um Estado palestino.
Em comentário ao jornal sionista The Jerusalem Post, um dos oficiais franceses alegou: “O principal objetivo do documento esperado como resultado da conferência em junho é formular uma visão internacional abrangente para desarmar o Hamas, libertar todos os reféns, reformar a Autoridade Palestina e preparar o dia depois, incluindo prospecto da solução de dois Estados [sic]”.
Na tentativa de atenuar a crise com Tel Aviv — aliado histórico da França — e rejeitar a versão israelense sobre a intenção do fórum, insistiu o enviado de Emmanuel Macron: “O fórum não tem como enfoque reconhecer um Estado palestino”.
Para Israel e Estados Unidos, contudo, França e Reino Unido trabalham neste sentido, visto como ameaça aos planos coloniais israelenses, incluindo anexação de Gaza — sob genocídio —, bem como assentamentos ilegais na Cisjordânia.