O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários no Sudão (OCHA) alertou que as vidas de centenas de milhares de pessoas no Cordofão Ocidental estão em risco devido à falta de acesso humanitário.
Em um comunicado emitido ontem, o OCHA afirmou que os combates contínuos entre o exército sudanês e as Forças de Apoio Rápido (RSF), que se intensificaram no Cordofão Ocidental no início de maio e posteriormente se espalharam para partes do Cordofão do Sul e do Norte, agravaram a insegurança e interromperam a entrega de ajuda.
“Sem acesso humanitário urgente, seguro e sustentado, as vidas de centenas de milhares de pessoas na região de Kordofan estão em jogo”, alertou o OCHA.
O comunicado acrescentou que o conflito levou a deslocamentos em larga escala e bloqueou rotas humanitárias. Alertou também que os recentes bombardeios intensos agravaram a crise humanitária, deixando milhares de civis presos sem comida, água ou assistência médica.
LEIA: Sudão registra mais de 170 mortes por cólera em 1 semana
O OCHA explicou que as regiões Norte, Oeste e Sul de Kordofan servem como corredores essenciais para o transporte de ajuda humanitária para Darfur. No entanto, as necessidades dentro de Kordofan estão aumentando, especialmente em áreas que enfrentam a ameaça de fome.
A agência também destacou que a insegurança, a mudança nas linhas de frente e as longas distâncias dos principais centros logísticos, como Porto Sudão e a fronteira de Adré, são os principais obstáculos para a entrega da ajuda.
Porto Sudão, localizado na costa leste do Sudão no Mar Vermelho, é o principal centro humanitário do país, abrigando o porto marítimo, o aeroporto e os escritórios das Nações Unidas.