O Chile retirou seus dois adidos militares restantes de sua embaixada em Israel, marcando uma nova escalada nas tensões diplomáticas entre os dois países em meio ao agravamento da crise humanitária na Faixa de Gaza.
O Ministério das Relações Exteriores do Chile afirmou, em comunicado, que a decisão foi tomada em protesto contra a operação militar israelense em Gaza, que descreveu como “desproporcional e indiscriminada”, ao mesmo tempo em que apontava para os “constantes obstáculos à entrada de ajuda humanitária” nos territórios palestinos sitiados, causando severo sofrimento à população palestina, o que levou a uma grave situação humanitária na Faixa.
O documento instou Israel a “cessar sua operação militar no Território Palestino Ocupado, permitir a entrada de ajuda humanitária e respeitar o direito internacional e o direito internacional humanitário”.
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O Chile designou inicialmente três adidos militares para Israel, mas um foi retirado há meses. Os dois últimos foram agora reconvocados permanentemente.
De acordo com fontes diplomáticas israelenses, o presidente chileno Gabriel Boric pode anunciar o rompimento total das relações diplomáticas com Israel durante seu próximo discurso anual.
A Agência Latino-Americana de Notícias (Prensa Latina) informou que esta medida reflete um novo nível de tensão nas relações bilaterais desde o início da guerra em Gaza e os crescentes alertas de que Israel está cometendo crimes de guerra no território palestino.
