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Paquistão e Egito discutem situação “alarmante” em Gaza

21 de maio de 2025, às 09h38

Palestinos feridos são levados para ambulâncias após um ataque israelense a uma clínica e uma mesquita no campo de Jabalia, na Cidade de Gaza, em 15 de maio de 2025. [Ramez Habboub/ Agência Anadolu]

Paquistão e Egito discutiram na terça-feira os acontecimentos no Oriente Médio, particularmente a situação “alarmante” em Gaza, onde Israel renovou sua ofensiva, e instaram a comunidade internacional a garantir a entrega “consistente e oportuna de assistência humanitária extremamente necessária” à população do enclave sitiado, relata a Anadolu.

O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, em conversa telefônica com o presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sisi, esperava que a próxima conferência da ONU sobre a solução de dois Estados, no próximo mês, em Nova York, produzisse “resultados significativos”, afirmou seu gabinete.

Os dois líderes também discutiram os atuais acontecimentos no Sul da Ásia, após o mais recente impasse militar entre o Paquistão e a Índia.

Sharif enfatizou que o Paquistão continua comprometido em manter o acordo de cessar-fogo com a Índia “no interesse da paz regional”.

Ele chamou a atenção de Sisi para a importância do Tratado das Águas do Indo, um acordo crucial de compartilhamento de água entre o Paquistão e a Índia, que Nova Déli afirma estar suspenso.

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Qualquer medida desse tipo, alertou ele, constituiria uma “linha vermelha” para o Paquistão.

Sisi, por sua vez, saudou o acordo de cessar-fogo entre o Paquistão e a Índia e reafirmou que o Cairo deseja laços mais fortes com Islamabad em todas as esferas.

Ele também elogiou o Paquistão pelo envio de assistência humanitária a Gaza.

Israel matou mais de 53.000 palestinos desde sua guerra em Gaza em outubro de 2023. Abandonou o cessar-fogo de janeiro com o Hamas em março e intensificou sua ofensiva em Gaza nos últimos dias, expandindo as operações terrestres e realizando ataques aéreos massivos.

Até segunda-feira, Israel também não havia permitido a entrada de alimentos, ajuda humanitária, medicamentos ou combustível em Gaza por mais de dois meses.

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