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Mídia israelense diz que exército mentiu sobre hospital de Gaza ter túnel

16 de maio de 2025, às 09h12

Palestinos carregam o corpo de uma vítima morta em um ataque aéreo israelense contra o Hospital Europeu de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 13 de maio de 2025. [Abed Rahim Khatib/Agência Anadolu]

O exército de ocupação israelense forneceu informações enganosas sobre a presença de um túnel sob o Hospital Europeu de Gaza em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, que foi bombardeado duas vezes em 24 horas, informou a mídia local ontem.

Uma análise de imagens aéreas divulgadas pelo exército israelense “mostra que o túnel está localizado em uma escola próxima”, afirmou o jornal israelense Haaretz.

O jornal acrescentou que o túnel “não está dentro do hospital, como o exército alegou”, observando “a ausência de qualquer evidência que sustente a alegação de que o túnel passa por baixo da unidade médica”.

O exército israelense matou 34 palestinos e feriu dezenas em uma série de ataques aéreos na noite de terça-feira contra o Hospital Europeu de Gaza e seus arredores, de acordo com declarações do Ministério da Saúde e da Defesa Civil.

Em um comunicado conjunto, o exército israelense e o serviço de segurança interna israelense Shin Bet alegaram ter realizado um “ataque preciso” contra membros do Hamas.

Veículos de comunicação israelenses, incluindo a emissora pública KAN, afirmaram que o objetivo do ataque era assassinar o comandante sênior das Brigadas Al-Qassam, Mohammed Sinwar.

Mohammed é irmão de Yahya Sinwar, chefe do gabinete político do Hamas, que foi morto por Israel em outubro de 2024.

O Hamas descreveu o ataque israelense ao Hospital Europeu de Gaza como “um novo crime de guerra”.

De acordo com um comunicado da Assessoria de Imprensa do Governo de Gaza, divulgado em 8 de maio, um total de 38 hospitais, 81 centros de saúde e 164 instituições médicas foram destruídos, incendiados ou ficaram inoperantes durante o ataque israelense em curso.

O exército de ocupação israelense continua sua ofensiva brutal na Faixa de Gaza, matando mais de 52.900 palestinos desde outubro de 2023, a maioria mulheres e crianças.

Israel enfrenta acusações de genocídio na Corte Internacional de Justiça (CIJ).

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