O governo de Gaza alertou nesta quarta-feira (7) contra planos israelenses para instituir campos de isolamento compulsório para os palestinos locais, semelhantes aos guetos impostos pelo regime nazista, sob o pretexto de organizar a distribuição assistencial via empreiteiras militares dos Estados Unidos.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Segundo o governo palestino, os planos representam uma “extensão do genocídio” na Faixa de Gaza sitiada, em curso há 19 meses.
Em nota à imprensa, declarou o Gabinete de Comunicação do governo: “Rejeitamos de maneira categórica os planos da ocupação para estabelecer campos de isolamento que remetem aos guetos nazistas, ao controlar a ajuda humanitária e então distribui-la por meio de uma estratégica sistemática de segregação, que viola todos os princípios da lei internacional”.
A declaração descreveu os planos como “um modelo desumano e inaceitável em todos os sentidos”, em detrimento da justiça internacional e da dignidade humana.
“O povo palestino, com todos os seus componentes legítimos, confrontará tais planos criminosos, que buscam converter a ajuda humanitária em ferramenta de sítio, fome e subjugação”, acrescentou a nota.
O governo de Gaza voltou a reivindicar da comunidade internacional, incluindo Nações Unidas e entidades legais e de direitos humanos, a responderem com urgência contra a “contínua farsa” israelense e dar fim “ao caos sistêmico imposto pela ocupação a nosso povo na Faixa de Gaza”.
A nota instou ainda os Estados árabes e islâmicos a “assumirem suas responsabilidades históricas e humanitárias a assumirem uma posição célere e firme para salvar o povo palestino e encerrar o genocídio em curso, bem como a fome e o isolamento”.
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