clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Israel mata repórter horas após nascer sua filha; jornalistas mortos chegam a 214

8 de maio de 2025, às 11h55

Funeral do jornalista palestino Yahya Subeyh, morto por um ataque de Israel na Cidade de Gaza, em 7 de maio de 2025 [Saeed Mohammed/Agência Anadolu]

O número de mortos entre jornalistas em Gaza chegou a 214 vítimas desde o início do genocídio israelense no enclave, em 7 de outubro de 2023, com o falecimento de Yahya Subaih por um bombardeio a um restaurante no bairro al-Rimal, a oeste da Cidade de Gaza.

Colegas confirmaram que Subaih foi morto horas após o nascimento de sua filha.

O Gabinete de Comunicação do governo em Gaza atualizou as baixas, ao ressaltar que Subaih era correspondente de diversas redes regionais e internacionais.

O comunicado condenou “nos mais firmes termos os ataques sistemáticos, incluindo os assassinatos de jornalistas nas mãos da ocupação israelense”.

LEIA: Documentário identifica soldado israelense que assassinou Shireen Abu Akleh

“Pedimos à Federação Árabe dos Jornalistas e a todos os órgãos da categoria, em todos os países do mundo, que condenem tais crimes sistemáticos contra os profissionais de imprensa da Faixa de Gaza”, acrescentou a nota.

O governo em Gaza notou responsabilidade não apenas da ocupação israelense, como de Estados Unidos e outros países cúmplices do genocídio, incluindo Alemanha, França e Reino Unido.

O comunicado instou da comunidade internacional, bem como entidades de imprensa, que ajam para denunciar, dissuadir e indiciar a ocupação nas cortes relevantes.

“Pedimos a todos que seriamente imponham pressão para cessar o crime de genocídio em curso, de modo a proteger jornalistas e outros profissionais de imprensa em Gaza e dar fim a seus reiterados assassinatos”, concluiu a nota.

LEIA: 2024, ano em que matar jornalistas virou rotina