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Houthis alertam para ‘forte resposta’ a bombardeios de Israel ao Iêmen

6 de maio de 2025, às 12h25

Protesto pró-Palestina na Praça al-Sabeen de Sanaa, capital do Iêmen, em 2 de maio de 2025 [Mohammed Hamoud/Agência Anadolu]

As consequências dos bombardeios de Israel ao Iêmen serão severas para a ocupação, advertiu nesta segunda-feira (5) Ali al-Qhoom, membro do gabinete político do grupo houthi, que administra o país árabe.

Al-Qhoom insistiu que a resposta iemenita é eminente e será veemente, com impactos devastadores. Em postagem na rede social X (Twitter), declarou: “A agressão israelense contra o grandioso Iêmen terá consequências graves aos sionistas”.

“Atacar alvos, capacidades e instalações civis”, acrescentou al-Qhoom, “é prova de não mais que incompetência, fracasso, desespero e confusão”.

O oficial houthi insistiu ainda que os bombardeios israelenses não dissuadirão o Iêmen de apoiar Gaza, como tem sido feito ao longo do genocídio no enclave, via embargo no Mar Vermelho e ataques diretos.

LEIA: Houthis reivindicam ataque a porta-aviões americano no Mar Arábico

A mídia israelense reportou nesta segunda-feira (5) que ao menos 30 aviões de guerra lançaram ataques ao território iemenita, em retaliação a um míssil houthi que atingiu o Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv.

Conforme a televisão iemenita, os ataques israelenses alvejaram a cidade portuária de Hudaydah, com ao menos seis ataques ao leste do país.

Segundo a imprensa israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa, Israel Katz, supervisionaram a operação.

O jornal em hebraico Yedioth Ahronoth, de sua parte, citou uma fonte de segurança ao relatar que o exército da ocupação lançou ao menos 50 bombas no porto de Hudaydah e arredores.

No domingo (4), Israel admitiu a queda de um míssil houthi no Aeroporto Ben Gurion, incluindo baixas. A rádio militar israelense reconheceu que os sistemas Arrow, de Israel, e THAAD, dos Estados Unidos, falharam em interceptar o míssil.

Na mesma noite, os houthis anunciaram um bloqueio por ar contra Israel, após Tel Aviv determinar a expansão de sua campanha militar contra Gaza.

Yahya Saree, porta-voz do exército houthi, reafirmou: “Pedimos a todas as companhias aéreas internacionais que levem este comunicado em conta e cancelem todos os voos aos aeroportos do inimigo, para que protejam aeronaves e passageiros”.