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507 mil palestinos estão desempregados na Cisjordânia, relata sindicato

1 de maio de 2025, às 10h00

Uma imagem mostra lojistas com as portas fechadas em resposta a uma greve organizada por palestinos que protestavam contra os ataques israelenses na Faixa de Gaza, em 7 de abril de 2025, em Belém, Cisjordânia. [Wisam Hashlamoun/ Agência Anadolu]

Centenas de milhares de palestinos ficaram sem renda nos últimos 17 meses, enquanto milhares perderam a vida tentando ganhar a vida nos territórios ocupados, informou ontem a Federação Geral de Sindicatos da Palestina.

Em uma mensagem antes do Dia Internacional dos Trabalhadores, que ocorre hoje, o Secretário-Geral do sindicato, Shaher Saad, alertou para um aumento drástico do desemprego na sociedade palestina, informando que o número total de desempregados chegou a 507 mil.

“Milhares de trabalhadores foram presos, torturados, submetidos a desaparecimento forçado e multados pelo exército de ocupação israelense sem outra razão além da busca por meios de subsistência, especialmente após 7 de outubro de 2023”, acrescentou Saad.

Como resultado dos problemas econômicos que enfrentam, muitos palestinos foram forçados a vender seus pertences pessoais para garantir alguma forma de renda, acrescentou a autoridade.

“Cerca de 89% dos trabalhadores palestinos não têm acesso à proteção social ou a fundos de pensão”, explicou ele, descrevendo o desemprego, a pobreza e a fome como os principais fatores que marcam o Dia dos Trabalhadores na Palestina deste ano. Ele estimou que as perdas mensais totais enfrentadas pelos trabalhadores palestinos chegam a 1,35 bilhão de shekels (aproximadamente US$ 372,5 milhões).

De acordo com o comunicado, 18 trabalhadores palestinos morreram desde o início de 2025 até 30 de abril, incluindo três que foram mortos pelas forças de ocupação israelenses enquanto se deslocavam de ou para o local de trabalho, e outro que caiu do quinto andar de um prédio em Jerusalém depois que as forças de ocupação invadiram o local onde ele trabalhava.

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