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Israel liberta 11 detentos palestinos em meio a relatos de abuso sistemático

29 de abril de 2025, às 10h55

Detentos palestinos são vistos após serem libertados pelo exército israelense, em Deir Al Balah, Gaza, em 20 de junho de 2024. [Ashraf Amra/ Agência Anadolu]

As forças de ocupação israelenses libertaram 11 detentos palestinos de Gaza hoje, informou a agência de notícias Wafa. Os indivíduos libertados foram transferidos das prisões israelenses para o Hospital Europeu em Khan Yunis, através da Travessia de Karm Abu Salem.

Um relatório conjunto recente da Comissão de Assuntos de Detentos e Ex-Detentos e da Sociedade de Prisioneiros Palestinos afirmou que depoimentos de ex-detentos descrevem abusos generalizados por parte das autoridades de ocupação israelenses para despojar os prisioneiros palestinos de sua humanidade e submetê-los a abusos psicológicos.

O relatório enfatizou que, mesmo 19 meses após o início do genocídio em curso, as condições de detenção não melhoraram — na verdade, continuam a se deteriorar. Enfatizou que o tempo desempenha um papel crucial na determinação do destino dos detidos, visto que o tratamento brutal persiste inabalável.

Os detidos palestinos que são libertados são frequentemente encontrados em estado gravemente deteriorado, com corpos emaciados e com inúmeros sinais de tortura pelas autoridades prisionais e dos campos israelenses. Estupros e agressões sexuais também são frequentes contra detidos de Gaza.

Mais de 9.500 palestinos estão atualmente detidos em prisões israelenses, além de um número desconhecido de palestinos da Faixa de Gaza que desapareceram desde outubro de 2023.

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